Diante da demora pela minirreforma ministerial de Lula (PT), o Palácio do Planalto teme que aconteça represálias na votação do Desenrola, programa de renegociação de dívidas. Republicanos e PP esperam por uma definição do presidente da República, que ainda não garantiu pastas de grande orçamento aos dois partidos.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia informado há duas semanas que o programa seria votado nesta semana, mas recuou e jogou para a próxima. Disse que também votará a proposta que impõe regras às apostas esportivas online.
A minirreforma ministerial foi adiada mais uma vez. Se era para acontecer na segunda-feira (28/08), depois que Lula voltou da África, agora os mais otimistas pensam que até sexta-feira (1º/08) os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) serão nomeados como ministros.
O que atrasa as oficializações é a recusa do PP por ministérios de pouca atividade nos municípios, o que é considerado crucial para a disputa de prefeituras em 2024 e até a disputa de 2026. Ontem (30/08), o partido rechaçou o Ministério da Micro e Pequena Empresa, pasta já anunciada por Lula.
Por ora, o Ministério do Desenvolvimento Social está fora de questão. Hoje (31/08), o presidente participa do lançamento do PAC no Piauí, além do programa Brasil Sem Fome, junto do ministro Wellington Dias. Ele segue pressionado por ceder a pasta, mas garantiu a Dias a sua manutenção.
