O presidente Lula (PT) terá pouco mais de um mês para assegurar que a articulação política do Palácio do Planalto mantenha os vetos presidenciais. A análise desses vetos ficará para o final de março, conforme o presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou ao governo federal.
Os vetos de maior interesse do governo (e do Centrão) são:
- ao PL do Veneno;
- aos R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão e;
- ao cronograma de empenho de emendas parlamentares.
Os três pontos devem ser derrubados pelo Congresso, que articula isso desde o recesso.
A análise será pelo menos depois de 22 de março, quando o governo divulga o relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas primárias. Conforme disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a alternativa às emendas de R$ 5,6 bi só deve ser conhecida depois dessa data.
Até lá, o governo espera arrefecer os ânimos do Congresso Nacional com o PL (Projeto de Lei) da reoneração da folha de pagamentos e a volta da isenção de impostos a líderes religiosos.
Esse último ponto, aliás, já chega perto de um consenso no governo Lula. O Ministério da Fazenda deve manter a isenção, mas especificar melhor os critérios para impedir fraudes. O plano já foi apresentado a congressistas evangélicos, que gostaram do que viram.
