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Dificuldades no Senado pegam Lula de surpresa e Câmara tenta acelerar 

Governo avalia novos prazos para a reforma tributária e já entende que PEC da Anistia ficará para o fim do ano; Lira trabalha como aliado

atualizado 03/10/2023 20:09

Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) durante o discurso de posse Hugo Barreto/Metrópoles

Os papéis se inverteram no Congresso Nacional. Se antes havia mais dificuldade em aprovar matérias governistas na Câmara dos Deputados, agora é no Senado que se encontram a maioria dos obstáculos.

Arthur Lira (PP-AL) trabalha ativamente para vencer a obstrução na Câmara. O travamento de pauta tem duas fontes: uma parte idealizada pelos ruralistas, que querem dar um recado ao STF, e outra pelo Centrão, que quer os acordos da Codevasf consumados.

Lira tenta vender a ideia de que a Câmara deve andar pelas pautas econômicas. Para convencer colegas e vencer a obstrução na semana que vem, quer pautar o projeto de lei sobre a taxação das offshore e fundos exclusivos. 

Já no Senado, o governo já trabalha com o prazo de final de novembro para a aprovação da reforma tributária. A dificuldade se dá pela nova postura do presidente Rodrigo Pacheco, que assumiu um grau de maior “independência” e passou até mesmo a criticar a pressa de governistas. Antes, bem antes, a expectativa do governo era que o projeto fosse aprovado depois do recesso do meio de ano, em agosto.

Há também o receio de governistas e congressistas do Centrão de a PEC da Anistia não ser aprovada neste ano. Para a eleição de 2024, assim como a minirreforma eleitoral, já se sabe que não dará tempo. A pressão em cima de Pacheco segue bem ignorada.

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