O presidente Lula demitiu ontem (25/10) Rita Serrano da presidência da Caixa e nomeou para o cargo o indicado de Arthur Lira (PP-AL), Carlos Antônio Vieira Fernandes. Agora, as pressões se concentram pelo controle da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A presidência do órgão é disputada por União Brasil, PSD e Republicanos.
Quem comandar a fundação administrará um orçamento de quase R$ 3 bilhões. Por isso o cuidado de Lula e sua equipe para a escolha. O PSD já indicou e tinha como nome mais consolidado o do ex-vice-governador do Ceará, Domingos Filho (PSD), mas as tratativas não avançaram.
A indicação fez com que partidos do Centrão rachassem. O Republicanos quer a Funasa e também já indicou um nome: o do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), líder do partido na Câmara. O atrito, por enquanto, é ignorado pelo União Brasil, que vê a briga de longe e ainda não indicou um nome.
Lula se vê numa encruzilhada. Sabe que independentemente da escolha vai aborrecer dois partidos que hoje compõem a base. O União Brasil, com uma infidelidade flagrante, tem três ministérios; o Republicanos tem um; e o PSD tem três.
A escolha de Lula pode ser forçada por votações importantes no Congresso. Por ora, com a questão do PL das offshores resolvida, o Centrão pode cobrar a fatura com a votação da reforma tributária, que tem votação prevista para a primeira quinzena de novembro.
