Datado de antes do primeiro milênio, um tratado antigo sobre medicina já descrevia os incômodos de gases causados aos humanos, principalmente pelo consumo excessivo de certos alimentos, como feijões e grãos.
Apesar da produção de flatos ser considerada natural, o excesso, entretanto, pode denunciar alguma desordem na saúde. Contudo, é até esperado que a situação passe despercebida pela pessoa, afinal, é difícil mensurar qual a frequência em que os gases se tornam anormais.
Segundo estudos, um adulto saudável pode expelir gases aproximadamente 20 vezes por dia. Porém, não apenas a frequência deve ser observada, como também os sintomas associados a eles, como desconforto e distensão abdominal, cólicas, pontadas, refluxo e outros.
No geral, a flatulência excessiva é derivada da abundante produção e acúmulo de gás no intestino decorrente, principalmente da fermentação bacteriana no intestino.
A alimentação está diretamente ligadas a eles, sobretudo pela ingestão de alimentos como adoçantes (principalmente do grupo dos polióis); aveia; trigo; brócolis, repolho e couve-flor; carne vermelha; feijões e leguminosas, além de leites e derivados. Esses alimentos, ao serem metabolizados, sofrem fermentação bacteriana, culminando em gases.
A sensibilidade aos alimentos varia de indivíduo para indivíduo, devendo ser observada a partir da rotina alimentar de cada um, junto aos sintomas.
Contudo, as possibilidades não param por aí. Fatores como intolerâncias alimentares, como à lactose, alteração do microbioma intestinal, motivado por estresse; síndrome do intestino irritável; ingestão de medicamentos e bebidas alcoólicas; mascar chicletes, além de mudanças na dieta, também devem ser avaliados.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica