O conjunto das reações químicas que controlam a forma como absorvemos e processamos substâncias é chamado de metabolismo. Apesar de ser muito relacionado ao processo de perda de peso, ele está ligado a todo o acúmulo e queima de energia pelo corpo, incluindo a concentração para realizar tarefas e até os batimentos cardíacos.
Cada pessoa tem um ritmo e uma capacidade diferente de processar as enzimas do corpo — algumas pessoas magras, por exemplo, comem muito e, por isso, acreditam ter o metabolismo rápido. Porém, o ritmo não é uma constante e diversos hábitos podem fazer com que a demanda energética do corpo aumente ou diminua.
“Podemos acelerar o metabolismo até ao estudar intensamente. Devemos nos preocupar em manter uma alimentação adequada e evitar sobrecarregar os rins devido ao excesso de trocas químicas no corpo”, aponta o bioquímico Marcos Roberto de Oliveira, autor do livro Seu Metabolismo É Incrível.
Pensando em acelerar o metabolismo com saúde, a endocrinologista Claudia Chang, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), preparou cinco dicas de comportamentos que devem ser evitados para não sobrecarregar o corpo. Confira:
Estresse
“Nas situações que envolvem estresse e ansiedade, o organismo libera o hormônio cortisol. Ele afeta os processos metabólicos, desequilibrando o desempenho do corpo”, explica Claudia. Segundo ela, o excesso da substância sobrecarrega o metabolismo e facilita o acúmulo de peso.
Alimentação incorreta
Para pessoas que costumam ter o metabolismo lento, a alimentação precisa ser muito mais controlada, já que o corpo tende a acumular e guardar energia. Entretanto, restringir demais a dieta pode causar perda de massa muscular, reduzindo o metabolismo a longo prazo.
De acordo com a endocrinologista, o organismo gasta mais energia na digestão de proteínas quando comparado à gordura ou ao carboidrato, por isso a ingestão de alimentos ricos neste macronutriente costuma acelerar o metabolismo.
Para aumentar a atividade do organismo sem descuidar da saúde, o ideal é substituir parte dos carboidratos por opções com pouca gordura e muita proteína, como carnes magras, ovos, feijões, nozes e laticínios.
Dormir mal
A privação do sono aumenta o estresse, diminui o metabolismo e ainda incentiva o cérebro a tomar decisões erradas ou impulsivas, como abusar de guloseimas calóricas ou deixar de praticar exercícios.
“Não descansar o suficiente desequilibra os hormônios da fome — a grelina (que aumenta o apetite) e a leptina (responsável pela saciedade) –, o que acaba se traduzindo em comer demais sem se dar conta”, explica Claudia.
Fazer os exercícios errados
O corpo queima calorias o tempo todo, mas em pessoas que praticam exercícios e tem maior musculatura, mesmo quando em repouso, essa taxa metabólica é mais alta, já que os músculos precisam de muita energia para se manter.
“Quem quer emagrecer não deve pensar em fazer apenas exercícios cardiovasculares. É preciso incluir de quatro a cinco sessões de treino de resistência por semana, ou seja, levantar peso. Exercícios como abdução das pernas, subir escadas ou abdominais são ideais para manter a massa muscular e também queimar calorias”, ensina a médica.
Cair em falsas promessas
Com o avanço da idade, quando o metabolismo tem tendência a cair, a ideia de perder peso com métodos e promessas irreais se torna tentadora, mas as soluções “milagrosas” não funcionam, além de colocar a saúde em risco.
“Evite o estresse físico e emocional de querer emagrecer a qualquer custo. O que realmente funciona é estabelecer um objetivo saudável e possível de ser alcançado, respeitando a sua saúde”, finaliza Claudia.
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