Após restrição em vilas, construtoras tentam dobrar altura de prédios

Representantes de construtoras reivindicam liberação de prédios mais altos nos bairros já consolidados de SP na revisão da Lei de Zoneamento

atualizado 11/12/2023 15:05

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Foto colorida de prédios na cidade de São Paulo - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — Representantes de uma série de construtoras de São Paulo pressionam a Câmara Municipal a alterar o projeto de lei da revisão do Zoneamento da capital para aumentar os limites de altura em diversas zonas da cidade após os vereadores congelarem o adensamento em ruas de vila no miolo dos bairros paulistanos.

As construtoras articulam mudança nas chamadas Zonas de Centralidades (ZCs) e nas Zonas Mistas (ZMs), áreas que podem receber tanto imóveis comerciais quanto residenciais e que estão, em sua maioria, próximas de corredores viários das áreas valorizadas.

O pedido foi feito formalmente na penúltima audiência pública para a discussão do texto, ocorrida na manhã desta segunda-feira (11/12).

Nas ZMs, os prédios podem ter hoje, no máximo, 28 metros de altura. Já nas ZCs, os edifícios podem chegar até 48 metros. O setor imobiliário articula para que o limite das ZMs passe para 48 metros e o das ZCs, para 72 metros.

O principal argumento do setor imobiliário é que, com os limites atuais do gabarito dos prédios nessas áreas, a construção de moradias de interesse social para o mercado ficaria inviável nos lotes com essas classificações. Assim, só seria possível construir imóveis desse tipo se houvesse limites maiores.

Na revisão da Lei de Zoneamento, os vereadores estão discutindo quais são os limites de construção e os usos permitidos em cada quarteirão da cidade, o que implica em quanto um imóvel pode se valorizar ou não. A Câmara disponibilizou um mapa com as mudanças propostas.

O presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara, Rubinho Nunes (União), se posicionou favorável à mudança. Ele ressaltou que o adensamento da cidade era uma de suas bandeiras de campanha.

Já a vereadora Silvia Ferraro (PSol), da Bancada Feminista, criticou a proposta. Ela ressaltou que o congelamento dos limites de verticalização nas ruas de vila havia sido uma vitória dos movimentos de bairro que deveria ser preservada.

Silvia disse ainda que havia dúvidas se as construtoras, de fato, fariam prédios populares nessas áreas, uma vez que, com o Zonamento atual, que já oferece vantagens para esse tipo de empreendimento, não houve interesse do mercado.

O atual texto da revisão da Lei de Zoneamento ainda pode sofrer alterações, para a inclusão da proposta do setor imobiliário, até a primeira votação, marcada para esta terça-feira (12/12).

Além disso, um segundo projeto substitutivo deve ser apresentado até o fim desta semana, para votação na semana que vem, incluindo as demandas trazidas pelas audiências públicas.

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