Governo e BC definem meta de inflação de 2026: 3%, com 1,5 p.p. de tolerância

Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira (29/6) a meta de inflação para 2026. Será o mesmo alvo de 2024 e 2025

atualizado 29/06/2023 19:01

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Imagem colorida de notas de dinheiro Getty Images

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira (29/5) a meta de inflação para 2026. Será o mesmo alvo de 2024 e 2025, ou seja, 3% com 1,5 ponto percentual de intervalo de tolerância.

A meta do último ano do governo Lula (PT) foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião mensal do colegiado, que reúne ainda a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Questionado sobre como foi a conversa com o presidente Lula, visto que ele foi uma das vozes mais atuantes em defesa de revisão da meta de inflação para cima, Haddad respondeu:

“O presidente me deu carta branca, a mim e à Simone, para tomarmos a decisão que nós julgássemos a mais conveniente para o momento”.

O conselho se reúne com três anos de antecedência para definir as metas de inflação, a serem perseguidas pelo Banco Central, mas o debate neste ano ganhou contornos adicionais depois que membros do governo e o próprio presidente Lula ventilaram, no começo do ano, que uma revisão poderia estar no radar.

Lula questiona meta de inflação: “Se meta está errada, muda-se a meta”

O petista reclamou que a meta em seus primeiros governos era de mais de 4%, e não de 3%.

Veja as metas de inflação estipuladas:

2023

Meta: 3,25%

Intervalo: entre 1,75% e 4,75%

2024

Meta: 3%

Intervalo: entre 1,5% e 4,5%

2025

Meta: 3%

Intervalo: entre 1,5% e 4,5%

2026

Meta: 3%

Intervalo: entre 1,5% e 4,5%

Além do anúncio da meta de 2026, o ministro comunicou a mudança de regime da meta de inflação a partir de 2025. “Adotaremos agora a meta contínua a partir de 2025”, disse Haddad. Em vez do ano-calendário, será trabalhada com um horizonte de 24 meses.

Meta contínua

O governo vinha defendendo que a meta de inflação deixasse de seguir o ano-calendário (modelo atual, em que a verificação sobre o cumprimento ou não da meta é feita no fim de dezembro) e passe a ser uma meta contínua (com um prazo móvel, desvinculado do ano-calendário).

Um decreto vai estabelecer como funciona a meta contínua e disciplinar os detalhes da nova meta. “O único país diferente no mundo é o Brasil. Eu já era crítico há muito tempo dessa metodologia e penso que chegou o momento de dar esse passo”, disse Haddad.

O ministro lembrou que havia um parecer do BC já nessa direção e disse que Campos Neto se mostrou favorável antes dessa reunião do CMN, em coletiva realizada pela manhã.

Haddad ainda reforçou que teve reuniões com o FMI e “ninguém conseguia entender por que o Brasil continuava com um instrumento anacrônico que ninguém atualizava”.

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