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Brasileiro é investigado por faturar até R$ 620 milhões com apostas

Uma corretora e um banco de câmbio são investigados por possível envolvimento nas transações ilegais

atualizado 07/02/2024 15:07

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PF deflagra operação contra evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos e fraudes cambiais PF/Divulgação

Um brasileiro radicado em Montevidéu, no Uruguai, é o principal investigado da Operação Symbolic, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (7/2).

O homem é suspeito de controlar um grupo de empresas, com sede em Santana do Livramento (RS), que movimentou, entre 2019 e 2023, cerca de R$ 15 bilhões. O dinheiro era adquirido por meio de plataformas de apostas.

Nesta fase, a ação visa combater fraudes cambiais, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Policiais federais cumprem, nas cidades de Curitiba (PR), Campinas (SP) e São Paulo (SP), cinco mandados de busca e apreensão, além de ordens de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 620 milhões.

As medidas foram expedidas pela 22ª Vara da Justiça Federal em Porto Alegre e têm como foco pessoas que auxiliavam nas rotinas financeiras das operações, notadamente por meio de fraudes cambiais.

Segundo a PF, o grupo de empresas atuava na intermediação de pagamentos vinculados a casas de apostas e plataformas de investimento do exterior. Eles mantinham processos estruturados de envio informal de dinheiro ao exterior e de lavagem de dinheiro. O principal investigado trabalhava com pessoas radicadas no Brasil, na Argentina e na Espanha.

Lavagem de dinheiro

As remessas de dinheiro ao exterior se davam, em sua maior parcela, de maneira informal ou irregular, via dólar-cabo ou mercado de criptoativos. O grupo mantinha um fundo estrangeiro responsável pela compensação remota de pagamentos no exterior. Paralelamente, contava com o apoio de uma exchange de criptoativos para efetuar a remessa de valores ao exterior de maneira totalmente informal.

A PF acrescentou que a organização usava o mercado de câmbio formal para documentar o envio desse dinheiro para outros países – buscando dar aparência de regularidade às operações. Uma corretora e um banco de câmbio são investigados por possível envolvimento nesses processos.

Além disso, empresas não diretamente ligadas à organização eram usadas para movimentar parcelas dos recursos de forma a burlar os sistemas de controle e de compliance dos bancos, bem como dissimular essas movimentações financeiras. Há suspeitas de que essas ferramentas de intermediação financeira serviam para a lavagem de dinheiro.

A investigação é resultado de uma atuação conjunta da Delegacia de Polícia Federal em Santana do Livramento e do Grupo de Investigação para Repressão à Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros (Lafin/RS).

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