A pedido de Lula, Haddad volta à China para negociar ajuda à Argentina

Haddad vai negociar com representantes do Brics o apoio à Argentina. Ele deverá se reunir com Dilma Rousseff e ministros de Finanças

atualizado 22/05/2023 9:52

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Imagem colorida do ministro Fernando Haddad Fábio Vieira/Metrópoles

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve voltar à China no fim de maio para acertar a negociação de ajuda financeira à Argentina. Ele já esteve no país asiático com o próprio Lula em abril.

O titular da Fazenda deverá embarcar no dia 27 de maio e regressar ao Brasil em 1° ou 2 de junho.

A previsão é que ele participe de reuniões com a presidente do Banco dos Brics (NBD), a ex-presidente Dilma Rousseff, nos dias 30 e 31, e com todos os ministros de Finanças dos países do Brics.

No início deste mês, o presidente da ArgentinaAlberto Fernández, esteve em Brasília para reuniões com Lula e Haddad. Na ocasião, o governo federal indicou a possibilidade de oferecer linhas de crédito aos empresários brasileiros que exportarem para o país vizinho.

Missão dada por Lula

Haddad já discutiu a crise no país vizinho com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Estados Unidos durante sua participação no G7 Financeiro, no Japão.

Recentemente, o FMI se comprometeu com um programa de socorro ao país sul-americano que previa o pagamento de US$ 44 bilhões em 30 meses – tendo como contrapartida a adoção de medidas para combater a inflação. Até o fim do ano passado, haviam sido desembolsados US$ 23,5 bilhões. Desde a retomada da democracia na Argentina, em 1983, já houve 13 acordos com o FMI.

Socorro à Argentina: por que Haddad pediu ajuda a FMI e EUA

A entrada de Haddad na negociação atende a um pedido do presidente da República. Além da preocupação econômica, dado que a Argentina é um dos principais parceiros econômicos do Brasil, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos, existe uma questão política.

O governo brasileiro entende que interceder pela Argentina junto ao FMI e outros organismos internacionais cacifa o Brasil a se consolidar, perante o mundo, sua posição de líder do continente.

Crise econômica argentina

A Argentina enfrenta uma grave crise econômica. O dólar, por exemplo, tem registrado recordes em comparação ao peso, moeda argentina. A inflação no país está 104% ao ano, maior percentual em 30 anos.

Recentemente, Alberto Fernández anunciou que não vai se candidatar à reeleição. No anúncio, ele disse que a Argentina enfrenta “tantas dificuldades”, citando que há famílias em situação de pobreza ou de baixa renda e a seca que atinge o país, chamada por Fernández de a pior do último século.

Lula e Alberto Fernández são aliados políticos. Fernández esteve na posse de Lula em 1º de janeiro deste ano, e visitou o aliado quando o petista estava preso em Curitiba (PR), em razão de uma condenação na Operação Lava Jato.

Em janeiro deste ano, Lula foi a Buenos Aires, em sua primeira viagem internacional como novo presidente do Brasil. Em discursos, os dois chefes de Estado defenderam a criação de uma moeda comum.

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