Jaques Wagner pede desculpa por voto contra orientação do PT sobre STF

Líder do governo no Senado se posicionou favorável à PEC que limita o STF. PT é contra o tema, que segue para a Câmara

atualizado 23/11/2023 18:24

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Antônio Cruz/Agência Brasil

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, se desculpou pelo voto a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF). A orientação do partido era contra a matéria.

Ao jornal Estado de S. Paulo, Jaques disse ter recebido ligações sobre o voto ter sido “uma afronta”.

“Não vou dizer quem, mas me ligaram e eu falei: ‘Se os senhores entendem que é uma afronta, antecipadamente peço desculpas'”.

O senador falou não “reconhecer” sua culpa, “mas, se foi interpretado assim, eu me desculpo. Não fiz nada para afrontar ninguém”.

Tanto o PT quanto o MDB haviam avisado aos parlamentares para posicionamento contrário ao tema na apreciação dessa quarta-feira (22/11). O voto de Wagner gerou desconforto na base governista, que viu o posicionamento como uma “traição”.

Mais cedo, o senador disse na rede social X (antigo Twitter) ter feito um voto “estritamente pessoal, fruto de acordo que retirou do texto qualquer possibilidade de interpretação de eventual intervenção do Legislativo”.

“Reforço aqui meu compromisso com a harmonia entre os Poderes da República e meu total respeito ao Judiciário e ao STF, fiador da democracia brasileira e guardião da Constituição”, completou.

“Um erro”

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, disse considerar o voto favorável do senador “um erro” e apontou que a sigla continuará articulações para barra o tema na Câmara dos Deputados.

“Considerei o voto do Jaques um erro e vamos tentar na Câmara articulações para a PEC não prosperar”, falou a jornalistas nesta quinta-feira (23/11). “A decisão do PT sempre foi clara, inclusive antes do projeto ser levado ao plenário, quando estava ainda na comissão já havíamos declarado que éramos contrários a essa posição e discussão dessa matéria”, afirmou.

Para Gleisi, o projeto serve “os interesses da extrema-direita”. Ela lembrou a atuação do STF na crise de saúde da covid-19. “Foram decisões monocráticas do Supremo que garantiram aos municípios e estados atuarem na pandemia, então achávamos que não era oportuno”, notou.

PEC do STF

A proposta recebeu 52 votos favoráveis e 18 contrários em ambos os turnos dessa quarta-feira. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

A PEC inclui temas como pedidos de vista, declarações de inconstitucionalidade de atos de Congresso, concessão de liminares e decisões monocráticas.

A tramitação desse tipo de proposta exige cinco sessões de discussão para votar em primeiro turno, que já foram realizadas, e três para o segundo.

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