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UNE faz blitz pela retirada do Fundeb do teto de gastos

Entidades também cobram que recursos de tecnologia e ciência sejam corretamente utilizados

atualizado 04/07/2023 17:31

Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) estão nesta terça-feira (04/07) na Câmara dos Deputados para pressionar congressistas a retirarem o Fundeb do teto de gastos. Vinícius Nunes/Metrópoles

Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) estão nesta terça-feira (04/07) na Câmara dos Deputados para pressionar congressistas a retirarem o Fundeb do teto de gastos.

A blitz, formada por quase 20 pessoas, está abordando os deputados no Salão Verde e pedindo para que eles se sensibilizem com os possíveis impactos da manutenção do fundo no arcabouço fiscal. Entendem que a não retirada é “quebra de compromisso” com a educação pública brasileira.

Bruna Brelaz, presidente da UNE, também pede que os investimentos na ciência e tecnologia sejam retirados dos limites do arcabouço. “É fundamental para o desenvolvimento do país”, disse ao blog. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também está atuando nos bastidores para não limitar os recursos, por motivos escusos. “Temos certeza que a ministra Luciana Santos vai conduzir da melhor forma”, afirmou Bruna.

A presidente da Ubes, Jade Beatriz, também conversou mais cedo com Dorinha Seabra (União Brasil-TO). Contou que a senadora se colocou como parte da pressão pelo Fundeb fora do teto, especialmente sobre o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “Ela sabe que é um compromisso com os estudantes”, disse Jade. Quando deputada, Dorinha foi a relatora do novo Fundeb, que aumentou os recursos para a educação básica.

“Absurdo que os principais investimentos, sobretudo em escolas públicas, sejam colocados no teto”, afirmou Jade Beatriz.

Depois de aprovada na Câmara dos Deputados e alterado no Senado, a inclusão do Fundeb no teto de gastos será votada novamente pelos deputados federais antes do recesso parlamentar, até 18 de julho.

Lira vai atender aos deputados federais e vai barrar as exceções. Os descontentes são representados pelo relator Claudio Cajado (PP-BA), que defende manter os vetos, conforme foi acordado na primeira versão do texto.

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