Quem tenta enviar uma mensagem no Telegram a partir do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, se depara com uma mensagem de bloqueio da rede. Ocorre que o Wi-Fi público da Corte, usado por visitantes, não permite a conexão.
O software usado pelo STF é o FortiGate, um dos firewalls mais modernos disponíveis no mercado. A versão mais simples do programa (geração 40F) custa R$ 6.300 e pode bloquear ou permitir o tráfego em sites considerados ou indicados como “suspeitos”.
Procurada, a assessoria do STF disse que todas as redes sociais são bloqueadas na rede pública. O blog testou e conseguiu o login no Twitter, Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.
Ontem (9/5), o Telegram enviou a todos os seus usuários uma mensagem dizendo que o PL 2630 “matará a internet no Brasil”. O texto fala que a democracia está sob ataque, e que caso o projeto seja aprovado, a plataforma pode deixar o país.
Ao blog, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), autor do PL 2630 no Senado, disse que a mensagem é só mais uma prova de que a “regulamentação é necessária e urgente”. Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do texto na Câmara, afirmou que o Telegram “abusa da sua estrutura de serviço de mensagem e difunde mentiras acerca do Parlamento brasileiro”.
