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Romeu Zema tem um timing oportunista, não gosta de falar pela frente

Govenador mineiro fez ontem um duro ataque ao governo de Lula e se confirma como o mais anti-Lula entre seus colegas

atualizado 17/01/2023 1:15

O presidente Jair Bolsonaro em evento de campanha ladeado pelos governadores de São Paulo, Rodrigo Garcia, e Minas Gerais, Romeu Zema. Diante do palco, apoiadores tiram fotos - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

Vai aqui mais uma opinião sobre o governador mineiro, Romeu Zema, do Novo. Ele segue apostando alto. Se recusa a uma aproximação mínima com Luiz Inácio Lula da Silva. Foi dito nesse espaço, três dias atrás, que a relação entre ambos é “bicuda”.

A decisão e a estratégia do governador em não estreitar relação com o governo federal é dele, evidente. Deve saber o que está fazendo.

Agora, Zema tem um timing que se aproxima do oportunismo. Senão, recordamos: na campanha eleitoral, evitou bater em Lula no primeiro turno, ou bater com força no petista. Foi vencer no primeiro turno, pronto, o Zema “real” – se assim pode sim entender – veio à tona. Detonou Lula.

Na sua aparição ao lado de Jair Bolsonaro, no Palácio do Alvorada, logo no início do segundo turno, chegou a dizer que Lula é maior  ameaça à democracia do que Bolsonaro.

Chegou janeiro, todos tomaram posse. Veio a onda dos ataques da horda bolsonarista aos três palácios dos três poderes, em 8 de janeiro. Lula chamou os governadores. Zema, acertadamente, como todos os outros, compareceu. Foi dada a palavra aos governadores que assim desejassem. O mineiro silenciou.

Saiu dali, foi dar uma entrevista na GloboNews. Fez enfática defesa do colega Ibaneis Rocha, afastado do cargo. Não o fez durante o encontro dos governadores com o presidente.

Agora, ontem, declarou que o governo federal “apostou que o pior acontecesse”, sobre os ataques bárbaros dos bolsonaristas, e sugeriu que a gestão atual “fez vista grossa para se fazer de vítima”. Tudo sem prova. Disse se tratar de uma suposição, mas perigosa. E disse que a direita radical é minoria.

Zema não fez essa suposição também naquela reunião com Lula. Possível que não tinha dados que permitissem tal conclusão.

O governador mineiro segue sendo mais anti-Lula que qualquer colega diretamente ligado a Bolsonaro, casos de Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Cláudio Castro (Rio).

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