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Nem Flávio Dino gostou do que ele mesmo disse sobre ir para o STF

Um passo em falso

atualizado 02/10/2023 4:31

Lula e ministros no PAC seleções Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles@hugobarretophoto

Silêncio é ouro, palavra é prata, ensina um antigo ditado árabe. No dia em que Lula se internou para ser operado do quadril, logo nesse dia, Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública, disse que se Lula o nomear ministro do Supremo Tribunal Federal, ele dará por encerrada sua carreira política.

Soou como uma resposta indireta a alas do PT que sussurram justamente o contrário – que como ministro do Supremo, ele ganharia ainda mais projeção e poderia ser candidato a presidente da República em 2026, caso Lula não fosse. Duas vezes governador do Maranhão, eleito senador em 2022, Dino é filiado ao PSB.

O candidato do PT de raiz à vaga da ex-ministra Rosa Weber no Supremo é Jorge Messias, o advogado-geral da União. Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, corre por fora. O PT mais à esquerda batalha para convencer Lula a indicar uma jurista negra. Lula não comenta o assunto com ninguém.

Em conversa com poucos amigos, Dino admite que pisou feio na bola. Se Lula de fato o quer no Supremo como muitos afirmam, ele não teria por que dizer o que disse. Deixou a impressão de que finalmente se encantou com a ideia de que entrou em campanha. Renunciou ao silêncio que era sua principal arma.

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