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Ministra do Esporte, da cota pessoal de Lula, subiu no telhado

Porteira aberta para a entrada do Centrão no governo

atualizado 11/07/2023 4:32

A entrada no governo de nomes indicados pelo Centrão de Arthur Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Pereira (Republicanos), Luciano Bivar (União) e Valdemar Costa Neto (PL) só será possível com a saída de lá dos que já ocupam os cargos cobiçados. Quase não há mais no governo cargo sem titular.

Será uma sangria prestes a ser desatada. Lula tentará reduzi-la ao máximo para não se indispor com as forças políticas a serem dispensadas. Observem há quanto tempo se arrasta a substituição da ministra Daniella do Vaguinho, do Turismo. Ela perambula de um lado para o outro como uma morta-viva.

O Ministério do Turismo será do União, mas Bivar quer recebê-lo com a porteira fechada. O que significa: podendo preencher todos os cargos com gente sua. Isso inclui a presidência da Embratur, onde está o ex-deputado Marcelo Freixo (PT-RJ). Se ceder, o que Lula fará com Freixo e os demais empregados no Turismo?

Diz Pereira que o Republicanos seguirá independente do governo mesmo que emplaque o deputado Silvio Costa Filho (PE) como ministro do Esporte. É dado como certo nas franjas do governo que a ministra Ana Moser, do Esporte, aquinhoada com o cargo pelo próprio Lula, subiu no telhado. Hoje, os dois conversarão.

O PP de Lira e Nogueira atiraram na direção do Ministério da Saúde para acertar no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o da Bolsa-Família. Janja correu para solidarizar-se com o ministro Wellington Dias (PT-PI). Fala-se em dividir o ministério com o Centrão.

A presidência da Caixa Econômica deverá ir para o PP. Mas isso só não basta para saciar o apetite do PP. Governo de coalização é assim mesmo. Se não conta com maioria no Congresso, tem de construir para governar. Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito pelo voto popular depois da ditadura, não cedeu.

Quando o fez, era tarde e foi derrubado. Diz-se que Dilma Rousseff caiu pela mesma razão: faltou-lhe apoio. Não foi. Ela montou uma formidável aliança de partidos para governar. Eles a abandonaram com medo de serem engolidos pela Lava-Jato. Michel Temer não deixou que fossem. Bolsonaro acabou com a Lava-Jato.

Não bastou. Então, presenteou os partidos com o Orçamento Secreto. Serviu para governar em paz, mas não para se reeleger. Lula quer paz e um novo mandato.

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