Augusto Aras, ex-Procurador-Geral da República e o engavetador de processos contra Bolsonaro enquanto ele foi presidente, tudo fez para ter seu mandato renovado por mais dois anos.
Declarou seu amor à democracia muitas vezes na sessão do Tribunal Superior Eleitoral de 12 de dezembro onde Lula recebeu seu diploma de presidente eleito.
Mandou sucessivos recados a Lula jurando fidelidade a ele da mesma forma como havia sido fiel a Bolsonaro. Pressionou senadores para que o ajudassem a permanecer no cargo.
Lula simplesmente o ignorou. E ao invés de anunciar seu substituto, manteve no cargo como interina a procuradora Elizeta Ramos. Foi uma jogada esperta dele.
A Constituição prevê que a destituição do comando da Procuradoria-Geral da República só pode ser feita com a autorização do Senado.
Se Elizeta comportar-se de modo a agradá-lo, Lula a deixará no cargo até encontrar um nome para chamar de seu. Se não, poderá removê-la a qualquer momento.
Quem tem tempo não tem pressa.