Depois de muita paquera, PP e União Brasil marcaram de conversar novamente sobre uma federação partidária. Em março, as siglas até tentaram formar o grupo, mas o acordo não rolou por conta de disputas regionais, sobretudo no Nordeste. Naquele momento, prevaleceu a briga entre Eduardo da Fonte (PP) e Luciano Bivar (União Brasil), em Pernambuco
O cenário mudou nos últimos quatro meses e os dois partidos agora veem que podem somar a pressão sobre o governo Lula (PT). Juntos, União e PP têm 108 deputados federais, mais que os 99 do PL, de Valdemar Costa Neto.
As conversas estão sendo conduzidas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Antonio Rueda, vice-presidente do União Brasil. Eles já tiveram um primeiro encontro, em Portugal, durante evento da empresa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
As conversas devem se intensificar já na próxima semana, quando as atividades legislativas ficam suspensas por 15 dias.
Líderes do União Brasil disseram ao blog que a entrada de Celso Sabino no ministério do Turismo mostra a “força que o partido tem”. A sigla pressionou que Lula demitisse Daniela Carneiro já nesta semana e colocou em dúvida o apoio à reforma tributária. Funcionou.
Agora, o PP também quer cavar uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Está de olho principalmente na Saúde e no Desenvolvimento Social. Devem pegar os Esportes na futura reforma ministerial.
Olhando de longe está o Republicanos, que já há algumas semanas dá sinais a Lula. Na madrugada de sexta-feira (07/07), 36 dos 41 deputados votaram a favor da PEC da reforma tributária.
