O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira (Republicanos-SP), conduz os trabalhos da casa até pelo menos quarta-feira (20/09), quando o presidente Arthur Lira (PP-AL) volta dos Estados Unidos, onde está com Lula (PT). Pereira já tenta dar os contornos à cadeira de Lira, pensando na sucessão do alagoano em 2025.
Para chegar lá, o pastor da igreja Universal do Reino de Deus tem que vencer a disputa pesada com Elmar Nascimento (União Brasil-BA), outro dos principais cotados. Hoje, Pereira vê no horizonte o apoio do PT, desde que o seu partido vote com o governo.
A operação é simples: Republicanos apoia governo, governistas apoiam Marcos Pereira para presidência da Câmara. O problema é que o presidente do partido ligado a Edir Macedo repete que a sigla é “independente” e que não apoia o governo integralmente —mesmo tendo um ministério com Silvio Costa Filho.
Elmar é mais próximo a Lira e teria o apoio do atual mandatário. Mas pesa contra o baiano o favoritismo quase sem concorrentes de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, pela sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O governo não quer que o União Brasil tenha tanto poder, ainda mais pensando que o partido é um dos mais infiéis da Câmara dos Deputados, mesmo tendo três ministérios.
No início de 2023, Lira foi reeleito presidente da Câmara com 464 votos, um recorde, inclusive com posição favorável do PT. Fica evidente que o apoio é fundamental.
