A delegação da Presidência da República chega a Bruxelas neste domingo (16/07) para a Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. Entre os assuntos que serão discutidos estão a proteção do meio ambiente, transição energética e fortalecimento da democracia. Mas existe um tema que Lula (PT) quer distância: a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Ao negociar as reuniões bilaterais do presidente, diplomatas brasileiros trabalharam até a sexta-feira (14/07) para afastar questionamentos sobre o conflito ao petista. A equipe liderada pelo assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, preparou um discurso para Lula no qual o presidente destaca o papel de neutralidade do Brasil. Na última sexta, o Brasil se recusou a assinar uma carta para condenar a Rússia.
Lula deve discursar antes da reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, na segunda-feira (17/07). No mesmo dia deve se encontrar com o rei Philippe e com o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo. Já estão confirmadas reuniões com os líderes da Áustria e da Dinamarca. Lula também se reúne com lideranças progressistas, a convite do Partido Socialista Europeu.
O presidente quer discutir, ao lado da Argentina, Paraguai e Uruguai, o acordo entre Mercosul e a União Europeia. Segundo o Itamaraty, Lula deixará clara a posição dos países contra às exigências da Europa para aprovar a assinatura do tratado. Entre elas estão as possíveis multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.
