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Itamaraty comemora agenda de Lula sem sustos nos Estados Unidos

Diplomatas consideram que atuação do presidente foi a melhor de 2023; Lula também está satisfeito com a repercussão

atualizado 20/09/2023 19:51

imagem colorida presidente Lula e Zelensky - metropoles Ricardo Stuckert/PR

A agenda de Lula (PT), em Nova Iorque, foi considerada “perfeita” pelos diplomatas que organizaram os compromissos do presidente nos Estados Unidos. A avaliação é que o presidente aproveitou bem as oportunidades que teve e mostrou que o Brasil busca se colocar em posição de relevância internacional. 

O discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na terça-feira (19/09) foi seguido à risca pelo petista, o que trouxe alívio à equipe do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A fala foi moldada para atingir mais o público externo do que o interno, isto é, foi um discurso mais focado na globalização.

Até Celso Amorim gostou do discurso de Lula, tendo participado da elaboração do mesmo. Ao assessor especial da Presidência da República coube a “contundência” contra os países ricos, sobretudo aos Estados Unidos.

Ontem (20/09), Lula encontrou-se com Joe Biden e Volodymyr Zelensky. Sem sustos, vendeu a ideia de direitos trabalhistas universais ao americano e o plano de paz ao ucraniano. 

Para cessar a guerra da Ucrânia, Lula pleiteia um papel de destaque do Brasil em negociações com a Rússia. Se a proposta antes era vista como um disparate por Zelensky, hoje, com o avançar da guerra e a ineficiência da Otan, já ganha panos de fundo.

Na reunião a portas fechadas com o ucraniano, participaram Mauro Vieira, Celso Amorim, Jaques Wagner (PT-BA) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social).

A auxiliares, Lula se disse muito satisfeito com a estada em Nova Iorque. Mesmo sem muita repercussão internacional, a falta de outros players relevantes, como os líderes da China, Reino Unido e França, fez com que o discurso de Lula fosse ouvido por todos.

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