Depois que veio a público informações do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, em delação à Polícia Federal (PF), parte da CPMI do 8 de Janeiro quer usar o conteúdo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Governistas vão entrar nos próximos dias com um requerimento de compartilhamento de informações com a PF.
Segundo o relato de Cid, conforme noticiado pelo UOL, Bolsonaro teria apresentado uma minuta de golpe aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica. O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foi o único que teria aceitado a ordem de golpe de Estado.
O assunto pautou a CPMI na quinta0-feira (21/09) e já se fala em convocação de Jair Bolsonaro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propôs uma acareação entre Cid e Bolsonaro, que foi negada pelo presidente Arthur Maia (União Brasil-BA). Ele se mostrou disposto a apenas ouvir e quebrar os sigilos de Garnier, peça central do plano.
Segundo o deputado Rogério Correia (PT-MG), o pedido de compartilhamento de informações é imprescindível a essa altura. Se não for possível convocar Jair Bolsonaro, a CPMI poderá, ao menos, indiciá-lo por tentativa de golpe de Estado, se isso realmente estiver no depoimento de Cid e for comprovado.