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Entidade ameaça levar Google à Justiça por “simulador de escravidão”

Empresa retirou jogo do ar após péssima repercussão no Brasil

atualizado 25/05/2023 2:46

Jogo "Simulador de Escravidão" ficou disponível em loja do Google Reprodução/Redes Sociais

Causou perplexidade a revelação ontem que o Google mantinha em sua loja virtual o aplicativo do jogo “Simulador de Escravidão”, no qual o usuário simulava ser um proprietário de escravos. 

Depois da péssima repercussão, a empresa decidiu retirar do ar o simulador no qual pessoas negras eram castigadas.

Em nota, a Educafro criticou o jogo, afirmou que ali pessoas negras são exploradas, sem reservas, e tratadas como “objeto da ganância e até da luxúria dos ‘senhores de escravos'”. A entidade também afirmou:

“É trágica a ideia de que, alguém imagine a possibilidade de obter lucro produzindo um game que explora a dor do povo afro-brasileiro. A Google banaliza essa forma extrema de violência que é uma ferramenta maligna dos supremacistas que consiste na redução do ser humano à condição de escravizado. O holocausto negro, como o holocausto judeu, nunca poderá ser usado como fonte de entretenimento, principalmente por empresas transnacionais” – afirmou Frei David Santos, diretor-executivo da Educafro, que irá entrar com uma ação por danos coletivos.

A Google, em nota, declarou:

“Não permitimos apps (aplicativos) que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia”.

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