O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúne nesta segunda-feira (15/5) com seus advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Fabio Wajngarten para definir a estratégia da defesa antes do depoimento à Polícia Federal amanhã, terça (16/5). Havia a expectativa da presença do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, mas ele não deve comparecer.
O ex-presidente está implicado a uma possível fraude nos certificados de vacina dele próprio, de sua esposa Michelle Bolsonaro e de sua filha Laura Bolsonaro, de 12 anos. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, está preso suspeito de ser o operador da falsificação.
O assunto Mauro Cid, inclusive, será um dos pontos centrais à oitiva da PF. Os agentes devem incluir o tema das movimentações financeiras do militar, que é também alvo de investigação sobre uma possível “rachadinha” no Palácio do Planalto. E por isso, Bolsonaro e sua defesa já preparam a resposta para essa questão.
A estratégia quanto a esse assunto será a mesma usada em 3 de maio, data da operação de busca e apreensão na casa de Bolsonaro. O ex-presidente iria depor naquele dia, mas a defesa deixou claro: Bolsonaro só falaria quando tivesse acesso a toda a investigação.
Bolsonaro também manterá versão de que desconhecia o esquema dos cartões de vacina e que Cid agiu por conta própria.