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Arcabouço: proibição de reajuste para servidor é tiro no coração do PT

Esta previsão consta do texto do relator Cajado, caso a meta fiscal não seja atingida

atualizado 16/05/2023 0:23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Rafaela Felicciano/Metrópoles

A proibição de reajuste para os servidores públicos caso a meta fiscal não seja atingida, prevista no texto do arcabouço fiscal do relator, é um tiro e tanto no coração do petismo e no sindicalismo.

As primeiras gestões de Lula foram marcadas por aumentos de monta para as categorias do serviço público federal. No meio sindical, ao menos, a mesa permanente de negociação criada no Lula 1 foi um marco no seu primeiro governo. A discussão sobre reajuste salarial era o tempo inteiro, com as mais diversas categorias.

Uma das primeiras medidas do Lula 3 foi voltar com essa mesa e o presidente escolheu a mesma pessoa para cuidar do tema, o economista Sérgio Mendonça, nomeado como secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, vinculado à ministra da Gestão, Esther Dweck.

Em março agora, foi anunciado um aumento linear de 9% para os servidores do Poder Executivo, com direito também a reajuste no auxílio-alimentação. O aumento foi anunciado com pompa no Palácio do Planalto.

Já está marcada para amanhã a votação da urgência do texto do relator Cláudio Cajado (PP-BA). Difícil que tenha algum espaço para se alterar esse ponto. Até porque o reajuste do salário mínimo e o Bolsa Família ficaram fora de condicionalidades, como queria o presidente Lula.

O pessoal do PT na Câmara ligados a sindicalistas, que não são poucos, não devem criar entraves para aprovar a urgência do projeto. Lula já os teria enquadrado também.

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