A deficiência de vitamina B12 atinge uma quantidade significativa de pessoas no Brasil. A Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017-2018, por exemplo, mostrou que 7,2% do público masculino do país tem inadequação da vitamina. No público feminino, o número chega a 17,1%.
Quando baixo, esse índice impacta diretamente na qualidade de vida. A vitamina B12 está associada à produção de DNA e RNA, à formação de células sanguíneas e dos neurônios, e ao bom funcionamento cardiovascular. Por fim, também atua no metabolismo das gorduras. Uma ingestão insuficiente tem efeitos catastróficos no bem-estar.
Formigamentos, cãibras, tonturas, perda de memória, queda de cabelo, ardência na língua e cansaço são sinais que o corpo dá quando a B12 está aquém do desejado. Ao sentir algum desses sintomas, uma avaliação profissional é necessária.
Estudos mostram que pode existir relação entre a deficiência da vitamina B12 e maiores riscos de acidente vascular cerebral (AVC). O Journal of Bone and Mineral Research associou, ainda, a falta dessa vitamina à risco aumentado para osteoporose.
Nas crianças, os baixos níveis do micronutrientes podem impactar até no crescimento, e trazer riscos cardiovasculares e neurológicos.
Para não cair nessa estatística, o ideal é manter um consumo adequado de alimentos de fonte animal, como fígado de boi, fígado de frango, mariscos, atum, coração de frango, sardinha, ostras, caranguejo, ovo e produtos lácteos.
Considerando isso, dá para se imaginar que veganos devem se preocupar em otimizar os níveis dessa vitamina, ainda que seja via suplementação.
Idosos também devem estar atentos pois, com o envelhecimento, o sistema digestivo também sofre limitações absortivas. A deficiência ainda pode levar a um quadro conhecido como anemia megaloblástica, caracterizada por hemácias defeituosas no sangue.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica
