A ciência, mais uma vez, reforça a importância da redução do consumo de sal na alimentação. Desta vez, estudos avançam para constatar os prejuízos do excesso dessa substância na saúde.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) trouxe revelações que impactam o entendimento da relação do consumo de sódio com a saúde cardiovascular. Os resultados comprovam a necessidade de controlar a ingestão do mineral, sobretudo quem sofre de hipertensão.
O sódio está associado não apenas a esse quadro, como ao acidente vascular cerebral (AVC) e a mortes prematuras.
Publicada na revista científica Molecular and Cellular Neuroscience and Experimental Physiology, uma pesquisa recente, realizada em ratos, revelou uma informação para lá de curiosa.
Alimentados com solução de água e 2% de cloreto de sódio por uma semana, as cobaias tiveram aumento da pressão sanguínea e acúmulo de partículas de sódio no cérebro.
Acredita-se, portanto, que a ingestão exacerbada faz com que o mineral se acumule no cérebro e no sistema de células neurais.
Relação com quadros neurodegenerativos
Essa possibilidade leva a crer que, além das doenças citadas, o acúmulo de sódio possa ter relação, inclusive, com quadros neurodegenerativos, como a doença de Alzheimer.
É importante frisar que a recomendação de sal segura é de até 5 gramas por dia, porém, outras medidas básicas podem ser significantes para proteger a saúde.
Além de evitar o excesso de adição de sal nas preparações, tente não exceder no consumo de alimentos embutidos, como salame, salsicha, bacon e linguiça. Além disso, evite o alimentos industrializados e ultraprocessados, principalmente macarrão instantâneo, sopas industrializadas em pó e itens congelados, como lasanhas e hambúrgueres.
Por fim, não esqueça de manter a hidratação diária com, no mínimo, dois litros de água; e de praticar atividades físicas regularmente.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica
