Na última semana, estudos revelaram a presença de microplásticos em garrafas de água mineral. Como se não bastasse, agora, essas substâncias prejudiciais ao bem-estar foram localizadas em outro item comum à mesa do brasileiro: o sal de cozinha.
A equipe responsável pelo estudo identificou até 33 partículas por quilograma, que representa uma ingestão de mais de 1.000 microplásticos anualmente.
Microplásticos são pedaços de plástico que têm menos de 5 mm de comprimento. A maior parte deles vem de plásticos descartáveis, como garrafas e embalagens de alimentos, que se degradam lentamente.
Pesquisas já apontam que eles estão por toda parte, até mesmo na neve do topo do Monte Everest — mas, é claro, os microplásticos presentes na água e no ar são os que mais preocupam.
“O sal pode ser contaminado pela água retirada do mar para a sua produção, que pode conter microplásticos, matéria orgânica e partículas de areia”, revela o novo estudo, publicado no Global Journal of Environmental Science and Management.
Foram avaliadas marcas populares de sal adquiridos na Indonésia, uma grande exportadora mundial do produto. Ao todo, 21 amostras foram analisadas, e continham quantidade preocupante de microplásticos.
Contudo, os pesquisadores não compartilharam os nomes das marcas “para manter a privacidade”, conforme alegaram no estudo.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica