A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta quarta-feira (6/12), os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para).
Os resultados apontam que 25% dos produtos vegetais disponíveis na mesa dos brasileiros têm alguma inconformidade em relação aos agrotóxicos, que tanto pode ser a presença de uma substância não autorizada ou a presença de resíduos acima do limite permitido.
O que é um agrotóxico irregular?
É a primeira vez desde o início da pandemia de Covid, em 2020, em que as análises voltam a ser divulgadas.
Os investigadores analisaram 1,7 mil amostras de alimentos e 0,17% delas tinham níveis agudos de agrotóxicos. Ainda que seja uma queda em relação aos 0,5% registrados em 2019, os alimentos com níveis agudos ameaçam diretamente a saúde dos consumidores.
As inconformidades observadas em um a cada quatro alimentos podem se referir ao uso de um agrotóxico não permitido para aquele tipo de planta, o uso de um defensivo agrícola que não é permitido no Brasil ou mesmo níveis levemente ou medianamente acima do tolerado.
As amostras foram coletadas em estabelecimentos varejistas localizados em 79 municípios brasileiros de 25 estados. O número de substâncias pesquisadas foi ampliado, de modo que um total de 311 agrotóxicos diferentes foram encontrados nas amostras analisadas.
Quais alimentos entraram na lista?
Foram analisados 13 alimentos de origem vegetal: amendoim, batata, brócolis, café em pó, laranja, feijão, farinha de mandioca, maracujá, morango, pimentão, quiabo, repolho e farinha de trigo.
O morango só teve 26 das 84 amostras aprovadas e, no caso do pimentão, 99 amostras das 142 estavam irregulares – os resíduos eram acima do recomendado ou eram de agrotóxicos não permitidos.
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