Um novo estudo dirigido por pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, mostrou que a terapia com células CAR-T pode ser eficaz contra o câncer de ovário. O artigo foi publicado na revista Journal for ImmunoTherapy of Cancer nesta segunda-feira (6/2).
As células CAR-T, também conhecidas como linfócitos T, são células do sistema imune que passam por modificações genéticas para aprender a identificar e a atacar células tumorais.
No experimento, os pesquisadores utilizaram três tipos de células CAR-T de camundongos. Os testes foram realizados em laboratório e os três tipos apresentaram resultados contra as células cancerígenas. Após a reintrodução das células nos roedores, um dos três tipos, entretanto, obteve uma eficácia mais elevada se comparado aos outros.
A utilização da célula específica apresentou uma redução significativa no tamanho do tumor e no aumento da média de vida dos ratos. Em alguns deles, após o tratamento, não foi mais detectada nenhuma célula cancerígena.
Os pesquisadores estão confiantes que a terapia pode beneficiar de forma parecida mulheres com câncer de ovário, que é um dos tipos de tumores que apresentam maior taxa de mortalidade. Aproximadamente 70% das mulheres com câncer de ovário morrem em até cinco anos após o diagnóstico.
Após os resultados positivos, os cientistas do Instituto Karolinska pretendem testar o método em mulheres.
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