A cantora Preta Gil revelou, neste domingo (16/4), ter sofrido um quadro de septicemia recentemente. A suspeita dos médicos é de que uma bactéria tenha entrado em seu organismo através do cateter usado durante o tratamento contra o câncer de intestino.
“Eu passei por um imprevisto, por um grande susto”, contou Preta em um vídeo publicado nas redes sociais. “Eu realmente fiquei muito mal. Foram momentos bem difíceis e delicados”, lembrou.
A septicemia, também conhecida como sepse ou infecção generalizada, é a inflamação exagerada do corpo em resposta a uma infecção provocada por bactérias, fungos ou vírus, que leva a alterações no funcionamento de vários órgãos. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência múltipla de órgãos.
“A sepse que é uma forma de disfunção orgânica por alguma infecção – qualquer uma”, afirma o infectologista André Bon, do Hospital Brasília.
A sepse é considerada uma emergência médica e o tratamento deve ser priorizado. Qualquer pessoa pode ser acometida pela condição, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, mas ela é mais comum em pacientes com câncer, aids, que fazem uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, e pessoas com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou diabetes.
Bebês prematuros, crianças com menos de um ano de vida, idosos, usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas, também correm maior risco.
Sintomas de sepse
Os sinais e sintomas da sepse variam de acordo com a causa e gravidade da infecção, além do estado do paciente. Em geral, eles incluem febre acima de 38°C, respiração acelerada, diminuição da pressão arterial, desmaios, confusão mental e diminuição da quantidade de urina.
Preta contou que, em 22 de março, após se sentir mal em casa, os médicos pediram que ela fosse ao hospital. A princípio, acreditou-se que ela estivesse com um quadro de desidratação, mas no dia seguinte ela sofreu um choque séptico causado por uma bactéria.
“Existem algumas possibilidades para explicar como essa bactéria entrou no meu organismo. A mais latente é que tenha sido através do meu cateter. Os médicos acham que pode ter sido por ali”, afirma. Exames no equipamento constataram que a bactéria também estava presente nele.
Tratamento
As primeiras horas de tratamento são as mais importantes. Os profissionais de saúde recomendam a intervenção com antibióticos o mais rápido possível. Preta contou ter sofrido algumas sequelas pela condição, uma delas no pulmão. O órgão está sendo tratado. Ela passará por mais três semanas de reabilitação antes de poder voltar ao tratamento oncológico, que foi interrompido por conta da sepse.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
