Quimio antes da cirurgia reduz risco de retorno do câncer de intestino

Estudo inglês mostra que fazer algumas sessões antes da cirurgia aumenta chance de eliminação total das células cancerígenas do intestino

atualizado 23/01/2023 21:34

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Imagem colorida: enfermeira administra soro em hospital - Metrópoles Reprodução Daily Mail

Cientistas do Reino Unido propõe que os pacientes diagnosticados com câncer de intestino passem por algumas sessões de quimioterapia antes de realizarem a cirurgia para retirada do tumor.

Um estudo publicado na quinta-feira (19/1), no Journal of Clinical Oncology, mostra que essa mudança na estratégia de tratamento pode reduzir em cerca de 28% o risco de a doença retornar nos dois anos seguintes. A abordagem padrão adotada é a de cirurgia seguida por quimioterapia.

Estudo

Feita por cientistas das universidade de Birmingham e de Leeds, ambas na Inglaterra, a pesquisa analisou dados de 1.053 pacientes com câncer de intestino de 85 hospitais no Reino Unido, Dinamarca e Suécia.

Os participantes foram divididos em dois grupos. O primeiro, com 699 pessoas, foi submetido a seis semanas de quimioterapia antes de realizar a cirurgia, seguida por mais 18 semanas de quimioterapia. O segundo grupo, por sua vez, teve o tratamento padrão para o câncer de intestino, com a cirurgia seguida por 24 semanas de quimioterapia.

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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Aqueles que receberam a quimioterapia antes da cirurgia tiveram uma probabilidade significativamente menor de ter um novo diagnóstico nos dois anos seguintes, em comparação com os demais.

“O tempo é tudo quando se trata de tratar o câncer de cólon. O simples ato de antecipar a quimioterapia, administrando-a antes e não depois da cirurgia, produz alguns resultados notáveis”, pontuou o professor Matthew Seymour, que participou da pesquisa.

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