Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê um aumento de cerca de 10% no número de mortes prematuras causadas por câncer de intestino entre pacientes de 30 e 69 anos até 2030. O estudo foi publicado na revista científica Frontiers in Oncology no dia 10 de janeiro.
Os cientistas projetaram a mortalidade por câncer no Brasil entre os anos 2026 e 2030 e compararam com o período base de 2011 a 2015. A diferença de mortes prematuras projetadas é de aproximadamente 27 mil a mais, sendo 14 mil entre homens e 13 mil óbitos entre mulheres.
Apesar de os pesquisadores terem analisado vários tipos de tumores, eles deram destaque ao câncer de instestino por apresentar o maior aumento projetado em todas as regiões brasileiras para ambos os sexos.
Entre os homens, a região Norte foi a que mais apresentou aumento projetado, totalizando 52%. Em seguida, a região Nordeste, com 37%; Centro-Oeste, com 19,3%; Sul, com 13,2%; e, por fim, o Sudeste, com 4,5%.
Já entre as mulheres, a região Nordeste lidera com um aumento projetado de 38%, seguido por Sudeste, com 7,3%; Norte, com 2,8%; Centro-Oeste, com 2,4%; e Sul, com 0,8%.
A pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, Marianna de Camargo, comenta que se nada for feito, o Brasil não alcançará a meta estipulada pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que pretende reduzir em um terço a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis.
Os pesquisadores revisaram os registros de câncer de 44 países e identificaram que a incidência de início precoce da doença está aumentando rapidamente em várias nações de renda média a alta. Isso significa que não se trata de uma questão de ausência de recursos de saúde.
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
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Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas
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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
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Entre os motivos citados pelos cientistas está o estilo de vida da sociedade. O alto consumo de alimentos ultraprocessados, obesidade, sedentarismo e distúrbios no sono estão entre os hábitos que favorecem o surgimento da doença.
O câncer de intestino é mais comum a partir dos 60 anos de idade e é curável desde que detectado precocemente, principalmente antes de atingir outros órgãos.
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