Dieta vegetariana reduz colesterol em pessoas com doença cardiovascular

Pesquisadores revisaram 29 estudos para constatar que dieta vegetariana é capaz de reduzir risco de entupimento das artérias

atualizado 28/07/2023 14:19

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Imagem colorida de criança segurando vegetais nas mãos em fundo verde - Metrópoles Getty Images

Uma dieta vegetariana consiste primordialmente no consumo de alimentos de fontes vegetais, como frutas, legumes, feijão, grãos integrais, nozes e sementes. O plano alimentar é capaz de reduzir o colesterol, o nível de glicose no sangue e o peso em pessoas com doenças cardiovasculares, segundo estudo feito pela Universidade de Sydney, na Austrália.

A pesquisa, publicada na última terça-feira (25/7) na revista científica JAMA Network Open, constatou que praticar uma dieta vegetariana foi associado à redução modesta do nível do LDL, conhecido como colesterol ruim. Ele aumenta o risco de entupimento das artérias quando está em alta no organismo.

Os pesquisadores conduziram uma revisão de 29 estudos que abrangeram 20 ensaios clínicos randomizados, estendendo-se ao longo de um período de 22 anos de investigação, com o total de 1.878 participantes.

Fizeram parte do levantamento pesquisas que observavam vários tipos de plano alimentar, inclusive alguns que continham carne.

Os voluntários apresentavam doenças cardiovasculares e/ou diabetes, mas também foram incluídos indivíduos que possuíam pelo menos dois fatores de risco para problemas cardiovasculares. A redução do LDL foi notável.

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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

iStock
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição

Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento

iStock
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas

Amoon Ra/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos

iStock
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash

Entre todas as diferentes dietas vegetarianas, a alimentação que inclui ovos e laticínios foi associada à maior redução no colesterol ruim. A diminuição de peso mais significativa foi observada em pessoas com alto risco de doença cardiovascular. Em seguida, estavam indivíduos com diabetes tipo 2.

Dieta vegetariana e perda de peso

Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a perda de peso foi mais significativa com a dieta vegetariana sem restrição calórica. Os participantes que seguiram uma dieta baseada em vegetais sem limitação de calorias perderam, em média, 4,7 kg, enquanto aqueles que seguiram dietas com restrição calórica perderam apenas 1,8 kg.

No entanto, é importante considerar alguns fatores que podem influenciar esses resultados, como os tipos de alimentos disponíveis nas diferentes dietas ou a possibilidade de “furadas” de alto teor calórico em participantes com dietas restritas.

Os pesquisadores alertam que existem várias formas de fazer dietas vegetarianas, e algumas delas podem ser ricas em calorias se incluírem carboidratos refinados, óleos hidrogenados, adoçantes artificiais, sódio ou muitos alimentos fritos.

O estudo aponta ainda que uma alimentação vegetariana, especialmente a ovo-lacto-vegetariana, pode ampliar os efeitos benéficos da terapia medicamentosa na prevenção e tratamento de diversas doenças cardiometabólicas.

Os benefícios associados a esse tipo de alimentação incluem a redução na ingestão de gordura saturada e compostos que promovem resistência à insulina, ao passo que aumentam opções com alto teor de fibras e substâncias como esteróis, ácidos graxos mono e poli-insaturados, potássio, magnésio e fitoquímicos.

Além disso, essas dietas tendem a ter uma menor densidade energética e índice glicêmico, o que contribui para os efeitos positivos observados.

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