Saúde estuda limitar vacina da Covid a grupos prioritários em 2024

Ministério da Saúde apresentará proposta que restringe a aplicação da vacina de reforço contra Covid apenas para grupos de maior risco

atualizado 21/09/2023 19:33

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Vacina contra Covid-19 Rafaela Felicciano/Metrópoles

Florianópolis – O Ministério da Saúde estuda concentrar a aplicação das vacinas contra Covid-19 apenas em grupos prioritários – crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, pessoas imunocomprometidas, trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas. A imunização do resto da população estaria condicionada às doses que sobrassem após a vacinação dos grupos que correm mais risco de terem consequências graves em razão da infecção provocada pelo coronavírus.

A estratégia de focar em públicos prioritários é usada, atualmente, para a campanha de imunização da gripe. A imunização só é aberta ao restante da população quando sobram doses depois do período reservado aos prioritários. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a propasta de restringir a vacinação da Covid será discutida com estados e municípios antes de ser adotada.

O representante do Ministério da Saúde explica que o modelo está de acordo com as diretrizes do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage), da Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo reúne especialistas em imunização de todo mundo e orienta as diretrizes repassadas pela agência internacional de promoção à saúde aos países.

O Sage atualizou as recomendações sobre a vacinação contra a Covid-19 em março de 2023, estabelecendo que os grupos de alta prioridade recebam reforços em prazos entre seis meses ou um ano após a última dose aplicada. Já os adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes não têm necessidade de tomar doses periódicas de reforço se estiverem imunizados contra Covid com a dose primária e o primeiro reforço.

“Embora reforços adicionais sejam seguros para este grupo (adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes), o Sage não os recomenda rotineiramente, dados os retornos comparativamente baixos para a saúde pública”, afirmaram os consultores.

Mudança de rota

O representante do Ministério da Saúde considera que é necessário revisar a estratégia atual. “Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, a decisão final ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite”, afirmou Gatti, durante encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Florianópolis.

 

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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A imunização é essencial para garantir a proteção contra quadros graves da doença, que podem levar à hospitalizações e óbitos. A vacina também é importante para controlar a disseminação do vírus.

A repórter viajou para Florianópolis a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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