Vacinação e novas variantes de Covid: entenda os cenários futuros

Número de novos casos de Covid e hospitalizações aumenta em todo o mundo após o surgimento das variantes Éris (EG.5) e Pirola (BA.2.86)

atualizado 07/09/2023 19:40

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O número de novos casos de Covid-19 segue em ascensão em algumas partes do mundo após o surgimento de novas variantes do coronavírus, como a Éris (EG.5) e Pirola (BA.2.86).

No Distrito Federal, foram registrados 626 novos casos da doença em uma semana, com a taxa de transmissão subindo para 1,36 nessa quarta-feira (6/9), segundo dados da Secretaria de Saúde do DF.

Autoridades em saúde ressaltam a necessidade de a população não vacinada, ou que está com doses em atraso, garantir a imunização para evitar a ocorrência de casos graves, hospitalizações e transmissão para pessoas com o sistema imunológico mais fragilizado.

“Uma das nossas maiores preocupações é o baixo nível de indivíduos em risco que receberam recentemente uma dose da vacina contra a Covid-19. Nossa mensagem é para não esperar para receber uma dose adicional se ela for recomendada a você”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (6/9).

De acordo com a OMS, as hospitalizações pela doença estão aumentando em várias regiões do mundo: as internações em unidade de terapia intensiva (UTI) cresceram na Europa e o número de mortes está subindo em algumas partes do Oriente Médio e da Ásia.

“O aumento de hospitalizações e mortes mostra que a Covid-19 veio para ficar e que continuaremos a precisar de ferramentas para combatê-la”, comentou Ghebreyesus.

Globalmente, não existe uma variante dominante. Os dados da OMS mostram que a Éris (EG.5) está em alta, enquanto as subvariantes XBB estão em declínio. A Pirola (BA.2.86) foi detectada em pequenos números em 11 países.

Vacinação

O virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), acredita que o programa de vacinação com reforços anuais tende a se consolidar como a melhor alternativa para manter a população protegida contra quadros graves e aumento de hospitalizações e mortes. “A alternativa correta vem sendo adotada”, afirma Spilki.

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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Novas vacinas

A Pfizer e a Moderna sinalizaram, na quarta-feira, que as versões atualizadas de suas vacinas geram uma forte resposta contra a Pirola (BA.2.86). A linhagem descendente da Ômicron tem mais de 35 mutações na proteína spike, o que aumenta a preocupação sobre ela.

A vacina da Pfizer/BioNTech gerou uma forte resposta de anticorpos neutralizantes contra a variante em um estudo em estágio pré-clínico feito com camundongos.

Já o imunizante da Moderna provocou um aumento de 8,7 vezes o número de anticorpos neutralizantes gerados contra a linhagem do coronavírus, em comparação aos anticorpos produzidos após a infecção.

Outras medidas de proteção contra novas variantes

Além da vacinação, é importante que a população volte a prestar atenção em outros cuidados gerais de higiene cotidiana, como lavar as mãos com água e sabão ou álcool, manter os ambientes ventilados, e usar máscara quando estiver com sintomas ou convivendo com pessoas com sintomas respiratórios.

O virologista Spilki ressalta ainda a necessidade urgente de os estados retomarem a publicação dos painéis de acompanhamento do número de casos, internações e óbitos. “Em muitas regiões isto foi abandonado e ficamos navegando, em parte, às escuras”, considera.

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