Arritmia cardíaca: como reconhecer alterações no ritmo do coração

Cardiologista explica que a arritmia, doença que atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, nem sempre é maligna mas pode levar à morte

atualizado 12/12/2023 13:52

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Metrônomo ilustrando o batimento cardíaco do relógio biológico de um corpo arritmia - Metrópoles Getty Images

Caracterizada pela alteração do ritmo dos batimentos do coração, a arritmia cardíaca afeta cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil. A condição é responsável por mais de 320 mil quadros de morte súbita por ano no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

A frequência dos batimentos cardíacos depende da atividade que o indivíduo está realizando. De acordo com o cardiologista Fernando Barreto, diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde, a frequência cardíaca normal, em média, é de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm).

“A arritmia acontece quando o ritmo não está regular e/ou a frequência cardíaca está acima de 100 ou abaixo de 60 bpm. Ela pode ser benigna, mas às vezes exige investigação e tratamento adequados”, explica Barreto.

Na maior parte das vezes, as arritmias são benignas. Contudo, em alguns casos, elas podem levar a consequências como acidente vascular cerebral (AVC) ou até mesmo à morte, nos casos das arritmias mais graves – embora essas sejam exceções.

Como reconhecer as arritmias

Existem vários tipos de alterações do ritmo cardíaco. A taquicardia, quando o coração bate rápido, e a bradicardia, quando as batidas são muito lentas, são os distúrbios de ritmo mais comuns.

Para prevenir as consequências da condição, é importante reconhecer os sintomas. Eles podem se manifestar com a sensação de palpitação, tontura, mal-estar e desmaio.

O cardiologista enfatiza que, em alguns casos, a palpitação pode ser consequência de um momento de estresse passageiro, e a frequência cardíaca volta espontaneamente ao normal sem necessidade de tratamento. Logo, a percepção é muito individualizada.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas

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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles

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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros

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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito

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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga

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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.

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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.

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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo

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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada

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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas

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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração

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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente

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“São dois tipos de tratamento: medicamentoso, com comprimidos ou medicação na veia, e através de um procedimento de ablação da arritmia com hemodinâmica, que é feito com a introdução de cateteres para corrigir a alteração rítmica do coração. O segundo é realizado após avaliação e indicação do cardiologista”, explica Barreto.

Busque auxílio médico caso sinta os batimentos do coração mais acelerados, lentos ou irregulares, mesmo em repouso. O especialista poderá identificar, por meio de exames como o eletrocardiograma (ou ECG), a existência de arritmias cardíacas, indícios de infarto do miocárdio ou bloqueios do sistema de condução cardíaco.

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