Café pode contribuir para prevenção do Alzheimer, diz pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália, apontam que o café possui substâncias capazes de prevenir a doença neurodegenerativa

atualizado 20/07/2023 16:14

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Na foto, uma xícara branca com café e leite - Metrópoles Pexels

Além de ser uma bebida energizante, o café pode contribuir para a prevenção do Alzheimer, de acordo com um estudo italiano. Segundo a pesquisa, publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry na última quarta-feira (19/7), a concentração do extrato da bebida é capaz inibir a agregação da proteína tau, associada ao desenvolvimento da doença.

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Ele começa quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começam a dar errado, o que gera fragmentos tóxicos dentro dos neurônios e no espaço entre eles.

A tau é uma das proteínas cujo processamento entra em falha. Logo, ela se concentra dentro dos neurônios e torna-se tóxica às funções do sistema nervoso. Cientistas acreditam que prevenir o Alzheimer passa por evitar a concentração da substância.

Os pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália, passaram a buscar formas de evitar o acúmulo de tau e chegaram na composição do grão de café, que possui substâncias como cafeína, genisteína, teobromina e trigonelina.

A pesquisa, chefiada pela professora Mariapina D’Onofrio, utilizou doses de café expresso para entender melhor os componentes. As amostras das substâncias que fazem parte do café e o extrato completo da bebida foram incubados com uma porção de proteína tau por 40 horas a 37º.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Quando a concentração de extrato de café expresso, cafeína ou genisteína, aumentava, as fibrilas (agrupamentos da proteína tau), eram mais curtas e não se acumulavam. Verificou-se ainda que as proteínas encurtadas não eram tóxicas aos neurônios.

Em outra fase da pesquisa, foi observado que a cafeína e o extrato da bebida energética poderiam se ligar às fibrilas de tau pré-formadas e evitar que elas se juntassem — o quadro está relacionado ao desenvolvimento de doenças cognitivas.

Segundo a equipe de pesquisadores, mais estudos são necessários para determinar se de fato o café terá efeito na prevenção ao Alzheimer, mas as descobertas podem abrir caminho para encontrar ou projetar outros compostos bioativos contra doenças neurodegenerativas.

Qual a quantidade ideal de café?

Os pesquisadores estipularam uma quantidade de bebida energética para garantir que seus elementos ultrapassem a estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central e, assim, proteger os neurônios.

“Um consumo moderado de café expresso de 2 a 3 xícaras por dia (40 mL/xícara) fornece cerca de 250 mg de cafeína e 25 μg de genisteína, além de vários outros compostos bioativos. As substâncias podem atravessar a barreira hematoencefálica por meio de diferentes mecanismos e exercem efeitos neuroprotetores”, destaca o estudo.

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