Relator do PL das Fake News acusa big techs de fazerem “jogo sujo”

Deputado Orlando Silva disse que big techs como o Google e o Twitter fazem trabalho de "sabtagem" contra aprovação de PL das Fakw News

atualizado 01/05/2023 13:25

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Foto colorida mostra deputado federal Orlando Silva, do PCdoB. Ele é relator do PL das Fake News - Metrópoles Reprodução PCdoB

São Paulo — O deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News na Câmara dos Deputados, fez uma série de ataques às empresas de tecnologia nesta segunda-feira (1º/5), durante ato do Dia do Trabalhador promovido pelas centrais sindicais no centro de São Paulo.

O parlamentar disse que as big techs estão fazendo um “jogo sujo” para influenciar de forma negativa a votação do projeto de lei no Congresso brasileiro. A Câmara já aprovou a tramitação do PL das Fake News em regime de urgência, mas a proposta sofre forte resistência da oposição, principalmente de bolsonaristas.

“Nós tivemos uma ação suja das big techs. Eu nunca vi tanta sujeira em uma disputa política. Porque o Google, por exemplo, usa sua força majoritária no mercado para ampliar o alcance das posições de quem é contra o projeto e diminuir o alcance de quem é favorável ao projeto. SleepGiants, que é uma rede conhecida, tiveram uma redução brutal de alcance no Twitter, da noite para o dia. Então, essas grandes empresas usam a força econômica e a presença no mercado para distorcer o debate político”, afirmou Orlando Silva.

A declaração foi dada por Orlando Silva assim que o deputado chegou ao Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, para participar do ato do Dia do Trabalhador organizado pelas centrais sindicais. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Silva afirmou ainda que há pessoas em sintonia com essa estratégia das big techs. Como exemplo, ele citou o deputado federal Deltan Dellagnol (Podemos-PR), ex-procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

“Aquela declaração do Delagnol, que disse que o projeto iria proibir pastor de falar versículo bíblico no púlpito da igreja, um homem que veio do Ministério Público e tem formação jurídica… Ele sabe que isso é impossível. Mas por que ele opta por fazer isso? (Porque ele) é parte desse jogo sujo. E quem deu a ideia para ele foi justamente essas empresas que estão neste trabalho de sabotagem, tentando articular uma resistência custe o que custar”, disse Silva.

O deputado afirmou que não faria comentários sobre a tramitação do projeto, que pode ser votado nesta terça-feira (2/5). Ele disse que a questão que segue em aberto é referente à criação ou não de uma agência reguladora para fiscalizar a atuação das plataformas e o cumprimento da lei.

Silva disse ser favorável à criação de um órgão público específico para o tema, mas disse que o entendimento que mais vem prosperando na discussão entre os líderes de bancadas é repassar a responsabilidade para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“A Anatel é a que mais tem sido falada pelas bancadas. Já tem emenda pronta, inclusive. A visão dos críticos é que ela seria muito permeável aos interesses das empresas. Para usar uma palavra usual que ouço é capturada pelas empresas”, afirmou.

O deputado disse ainda que outra opção para destravar o tema seria a autorrelação das empresas, com a Justiça como caminho no caso de alguma infração à lei.

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