Nunes demite guarda-civil que quebrou a mão da mulher durante agressão

Prefeito Ricardo Nunes oficializou demissão do guarda após entender que agressão foi infração disciplinar; briga foi porque filha não dormia

atualizado 06/04/2023 12:35

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Fotografia colorida de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, discursando ao microfone - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) demitiu o guarda-civil Sedeci Ferreira Neves, de 40 anos, com base em um processo disciplinar aberto após o registro de um caso de violência doméstica ocorrido em março de 2021. Neves trabalhava na Inspetoria da Câmara Municipal e foi acusado de agressão contra uma mulher. A demissão foi publicada nesta quinta-feira (6/4) no Diário Oficial.

O processo foi aberto pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) depois de sua ex-companheira, uma auxiliar de dentista de 28 anos, registrar um boletim de ocorrência de agressão.

Em 27 de março de 2021, segundo informações da Polícia Civil, o casal estava na casa de Neves com a filha deles e uma amiga da vítima, vendo TV e bebendo vinho.

Eles já eram separados, mas a mãe da criança havia decidido “dar uma chance” ao guarda após pedir que ele fizesse tratamento psicológico para lidar com a agressividade, segundo informações da polícia.

Entretanto, Neves teria falado com a filha de uma forma que desagradou a mãe, porque a criança não queria dormir, e os dois começaram a brigar. O guarda, segundo a vítima, a empurrou e começou a dar socos em sua cara. Na hora, ela tentou se defender com as mãos.

Um exame médico posterior constatou que ela teve o osso trapezóide da mão direta quebrado.

No depoimento à polícia, Neves negou que tivesse agredido a mulher e afirmou não saber porque sua mão estava quebrada.

Mas a delegada Camilla dos Santos Serrano Mota, que registrou o crime na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, na zona sul, pediu a prisão preventiva do guarda, que foi concedida.

Seis meses depois, já em liberdade, em uma audiência na Corregedoria da GCM, o guarda ele manteve a versão de que não havia batido na companheira.

Em agosto do ano passado, a juíza Andreza Maria Arnoni, da Vara Regional Sul 1 de Violência Doméstica da capital, condenou o guarda à pena de um ano e três meses de detenção, em regime aberto, pelo crime de lesão corporal.

Inquérito interno

Ao longo da apuração interna, a GCM descobriu que havia outros três registros de violência envolvendo o guarda. Dois eram contra a mãe de sua filha e um era contra outra mulher.

A lei que institui o regulamento disciplinar da guarda tem uma série de artigos para determinar que os membros da corporação tenham uma vida pública e privada proba, e determina que o cometimento de crimes pode se configurar uma infração grave, passível de demissão.

Esse foi o entendimento da Corregedoria da CGM, que decidiu pela demissão de Neves. Mas decisões assim têm de ser tomadas apenas pelo prefeito, segundo a legislação municipal.

O processo foi concluído em 20 de março e encaminhado ao prefeito, que assinou a demissão nessa quarta (5/4), no começo da tarde.

O Metrópoles tenta conta com o advogado de Neves. O espaço segue aberto para manifestações.

 

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