São Paulo – Em meio a polêmicas com a retirada de barracas de moradores de rua de São Paulo, a gestão Ricardo Nunes (MDB) prepara um pacote de ações para revitalizar a Praça da Sé, marco zero da capital paulista, a partir do começo da próxima semana. A prefeitura pretende melhorar a percepção da cidade sobre as ações de zeladoria no centro da cidade.
A ordem de Nunes é acabar com a “feira do rolo”, comércio informal feito por moradores de rua de itens usados, que ocorre diariamente em uma das pontas da praça, nas imediações do calçadão do centro histórico.
Como há suspeitas por parte das autoridades de que parte do material vendido seja fruto de roubo, a operação será feita pela Guarda Civil Metropolitana. A cúpula da GCM vem participando de reuniões para planejar a operação desde o fim da semana passada, conforme o Metrópoles apurou.
A feira reúne centenas de pessoas e há avaliação de que ela contribua para aumentar a sensação de insegurança na região central.
Uma das preocupações da prefeitura, porém, é evitar que a operação tenha caráter apenas repressivo, diante das acusações de abusos oriundas de opositores e ativistas como o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Igreja Católica.
Por isso, a prefeitura espera que a retirada da feira seja a primeira etapa de um conjunto de ações para revitalizar a praça, onde pernoitam sem-teto.
Após a retirada da feira, que deve ocorrer a partir de segunda-feira (10/4), a prefeitura pretende intensificar as abordagens de agentes de assistência social e dar preferência às pessoas de lá para vagas em abrigos, hotéis sociais e outros equipamentos de acolhimento.
Em uma terceira etapa, a Praça da Sé será alvo de uma reforma. Pisos, bancos, lixeiras e a iluminação pública devem ser revitalizados.
A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participa da operação. Nessa segunda-feira (5/4), o vice-governador, Felício Ramuth, teve uma reunião com o secretário de Governo de Nunes, Edson Aparecido, para tratar de ações conjuntas na Sé e em outras áreas da região central da capital.
