São Paulo – O número de mortes por dengue em São Paulo neste ano já é maior do que o registrado nos últimos oito anos na cidade. Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, 10 pessoas morreram com a doença na capital paulista entre o início de janeiro e o dia 20 de julho.
Em 2015, última vez que o número de vítimas foi maior, 25 paulistanos morreram com dengue. No ano passado foram duas vítimas.
Os registros de infectados também estão altos e já correspondem a 96% do número total de 2022, quando a cidade teve 11.920 casos de dengue – agora são 11.555.
A zona norte da cidade é a região com maior incidência de casos por 100 mil habitantes. Na Vila Guilherme, são 329,6 infectados a cada 100 mil moradores. Na Vila Maria, o índice chega a 271,6.
Em maio deste ano, a Prefeitura fez um mutirão para intensificar as ações de combate à doença na zona norte. A ação contou com 700 agentes, que fizeram visitas a moradores e aplicaram inseticidas.
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Transmitida pela picada do Aedes aegypti, a dengue costuma ter picos de infectados durante o verão, quando o acúmulo de água parada facilita a reprodução do mosquito.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) alerta, no entanto, que os ovos Aedes aegypti podem resistir em ambientes secos por mais de um ano.
Nos casos mais leves, a doença pode ser assintomática, mas em geral os infectados têm sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares. Casos mais graves podem apresentar sintomas como falta de ar, sangramento e comprometimento de órgãos, levando até a morte.
Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma vacina contra a dengue, a Qdenga, da empresa Takeda Pharma. O imunizante, no entanto, ainda não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).