Metrô, escola, hospital: SP tem 501 obras paradas que somam R$ 7,5 bi

Tribunal de Contas do Estado de SP aponta que 501 obras estão paralisadas e 261 atrasadas. Setor com mais problemas é o da educação

atualizado 12/01/2023 0:50

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Cidade de São Paulo Divulgação

São Paulo – O governo estadual e as prefeituras paulistas acumulam atualmente 501 obras paradas, aponta um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCESP). Juntos, esses empreendimentos foram contratados inicialmente pelo valor total de R$ 7,5 bilhões.

Educação é o setor mais prejudicado. Foram paralisadas 145 obras de universidades, faculdades e escolas, ou ainda a construção de quadras em ambientes educacionais. Esses contratos somam R$ 421 milhões.

Uma das obras paradas é o sistema de iluminação do campus de Ribeirão Preto, no interior do estado, da Universidade de São Paulo (USP). O serviço foi fechado inicialmente por R$ 21,4 milhões com o prazo de março de 2014, oito anos atrás.

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Obras do Rodoanel São Paulo

Divulgação
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Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas

Alexandre Carvalho/A2img/Governo de São Paulo/Divulgação
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Fachada do Campus da USP, em Ribeirão Preto (SP)

Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Equipamentos urbanos e saúde

Em seguida, vem a construção de equipamentos urbanos, como praças e quadras. Os canteiros de construção de 54 locais, que custaram R$ 49,5 milhões, estão parados. Em terceiro lugar, está a categoria nomeada pelo TCESP como “outros”: são 49 contratos no valor de R$ 62,7 milhões.

Na área da saúde são 43 obras paradas. Foram investidos R$ 45,7 milhões em hospitais, postos de saúde, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outros equipamentos que estão com os canteiros sem trabalho.

Transportes

O setor de transportes é dividido pelo relatório do TCESP  em várias categorias: vias urbanas, com 33 obras (6,5%), R$ 148,6 milhões; pontes, viadutos e simulares, com 11 empreendimentos (2,1%); rodovias, com dez obras (1,9%); ferrovias, com nove obras (1,7%); terminais, com duas (0,3%); e estações ferroviárias, com uma obra (0,1%).

Dois contratos parados chamam atenção na área de mobilidade urbana. Um deles se refere a construção do Trecho Norte do Rodoanel Mario Covas. O lote 6, por exemplo, foi contratado pelo Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) pelo valor inicial de R$ 612,2 milhões e deveria ter sido entregue pela empresa Acciona em fevereiro de 2016.

Outra obra parada fica em Osasco, na Grande São Paulo, onde em janeiro de 2015 deveria ter sido implementado o pátio de Presidente Altino, da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O valor do contrato com a Trail Eireli foi de R$ 164,8 milhões.

Obras paradas

O dinheiro de 179 obras (35,7%) é proveniente de convênio estadual; 165 contratos (32,9%) são financiados por convênio federal; recursos próprios custeiam 128 (25,5%), e 29 empreendimentos (5,7%) são de contratos de financiamento.

A maioria das obras paradas (80%) é no âmbito municipal, enquanto 20% são estaduais. O TCESP consolidou as informações de obras públicas nas cidades paulistas no terceiro trimestre de 2022.

Obras atrasadas

Além dos empreendimentos que estão paralisados, as cidades paulistas têm 261 obras que estão atrasadas. Juntas, elas somam R$ 12,2 bilhões empregados.

Os setores mais prejudicados são educação (universidades, faculdades e escolas), equipamentos urbanos (praças e quadras), ferrovias, vias urbanas e saúde.

As obras do Metrô São Paulo que não cumpriram a data de entrega inicial são os contratos com maiores valores. Entre elas está a construção do monotrilho da Linha 15-Prata, que foi negociado inicialmente por R$ 2,4 bilhões e já foram pagos R$ 2,6 bilhões.

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