São Paulo – O policial civil (imagem em destaque) que foi agredido em frente a uma delegacia em Ilhabela, no litoral paulista, na tarde do último domingo (26/11), pediu para uma testemunha acionar a Polícia Militar pouco antes do ato de violência.
A solicitação pode ser ouvida em um vídeo feito pelo próprio agressor, um jovem de 20 anos, que se identifica como Carlos Eduardo. Antes de sair da delegacia, ele e o policial civil discutem (assista abaixo).
No registro, Carlos afirma que irá “resistir à abordagem” do policial, que alega ter sido desacatado pelo rapaz.
O portão que dá acesso à rua está fechado durante a discussão e, por isso, o rapaz acaba pulando-o. Em seguida o policial sai para a rua, onde o debate continua.
Uma câmera de monitoramento registrou sem áudio a conversa o entre agressor e vítima, tanto na saída da delegacia, como já na rua, em frente ao distrito. As imagens feitas por Carlos Eduardo ajudam a entender a discussão que precedeu a violência.
“Grosseria”
O jovem alega no registro que o policial teria sido grosseiro quando o rapaz especificou que estava com a irmã no local para registrar um boletim de ocorrência sobre um furto.
“Só porque falei que era um furto você [policial] falou: ‘Quer [me] ensinar a fazer o meu trabalho'”.
O rapaz afirma, ainda segundo o vídeo, que a irmã não sabia a diferença de um roubo e de um furto.
O policial a todo o momento tenta conduzir Carlos Eduardo para a delegacia, sem sucesso. “Amigo, liga 190 por favor”, afirma o agente a uma testemunha, para pedir reforço.
A discussão progride para empurrões, até que o jovem dá um soco no rosto do policial, que cai no chão e é alvo de mais nove socos na região da cabeça. O policial tenta levantar após o espancamento, mas volta a cair no chão, nitidamente atordoado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como lesão corporal, resistência e desobediência. O suspeito retornou à delegacia para prestar depoimento e foi liberado. O policial foi socorrido a um hospital da região.