Exclusivo: menina que ficou 5 meses na UTI faz vídeo para o Metrópoles

Lavínia Machado, de 11 anos, viralizou ao fazer campanha para doação de órgãos enquanto estava internada no Hospital Albert Einstein

atualizado 04/07/2023 11:32

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Arquivo Pessoal

São Paulo – De coração novo, Lavínia Machado Cruvinel Lacerda, de 11 anos, finalmente realizou um de seus sonhos: usar moletom sem passar mal, por causa do excesso de calor que sentia, não importando a estação do ano. Ela foi diagnosticada com cardiomiopatia hipertrófica quando tinha apenas 6 meses de vida, e o “calorão” era um dos sintomas da doença cardíaca.

A criança foi submetida a uma cirurgia de transplante de coração em 30 de maio, após morar por cinco meses na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Albert Einstein. Sua primeira internação, de 30 dias, ocorreu em dezembro, ao final do qual teve alta. Ela voltou para a unidade de saúde em 28 de março, onde permaneceu por mais quatro meses.

Ela teve alta no sábado (1º/7). No dia anterior, Lavínia comemorou seu aniversário de 11 anos e, também, de um mês do transplante de coração. A data, de agora em diante, será comemorada em dobro. Com exclusividade, ela enviou ao Metrópoles, logo após sua alta, o registro da primeira vez que pôde pular, sem se cansar e sem passar mal (assista abaixo).

 

Nascida em Medeiros, cidade do interior de Minas Gerais com cerca de 4 mil habitantes, a menina conviveu quase toda a infância com um coração que crescia em excesso, por causa da doença – que afeta uma a cada 500 pessoas, em diferentes níveis de comprometimento, de acordo com a literatura médica.

Segundo a mãe de Lavínia, a dentista Michele Cristina Machado Cruvinel Lacerda, de 40 anos, toda a família (incluindo o pai e a irmã caçula) permanece morando em São Paulo, na região do Morumbi, onde pretende ficar, ao menos, pelo próximo ano.

A proximidade com o Hospital Albert Einstein, onde a criança segue seu tratamento, é um dos motivos.

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Lavínia faz campanha para a doação de órgãos, de dentro da UTI de um hospital em SP

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A dentista Michele com a filha Lavínia

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Lavínia e sua família, no hospital Albert Einstein

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Lavínia está sempre sorrindo e com alto-astral

Volta às aulas e exercícios

Quando estava internada, Lavínia tinha aulas remotas. Agora após sua alta médica, ela permanecerá estudando de forma on-line pelos próximos três meses por causa de sua imunidade, ainda baixa em decorrência da cirurgia.

“Ela ainda não pode ficar em lugares fechados, com muitas pessoas, para evitar contaminação e eventuais infecções. Ela só voltará para a sala de aula quando a imunidade dela ficar forte, por precaução”, afirmou a mãe, nessa segunda-feira (3/7), ao Metrópoles.

Em casa, a mãe afirmou que Lavínia já faz até academia, corre e pula. São atividades antes inimagináveis para uma criança que se cansava ao simplesmente caminhar.

“Em breve ela vai poder nadar, um dos sonhos dela. Agora, ela faz tudo que não conseguia fazer”, comemorou Michele.

Tratamento continua

Lavínia atualmente faz retornos semanais ao médico, para verificar a aceitação de seu organismo ao novo coração. Com o tempo, os retornos serão mensais e, depois, trimestrais. “Ela fez duas biópsias [depois da cirurgia] para ver o grau de rejeição do órgão. Ela teve alta porque, na mais recente, o grau foi zero.”

A garota vai tomar medicamentos de uso contínuo por toda a vida, de agora em diante aproveitada com intensidade e alegria, segundo a família.

“Ela está superfeliz. Coisas básicas que ela não fazia, agora faz e comenta. De manhã, ela acordava cansada, nem de pé conseguia ficar para organizar as coisas. Agora, ela acorda animada, organizando as coisas dela, brincando”, disse a mãe.

Bom humor

O caso de Lavínia foi revelado pelo Metrópoles, quando ela realizava campanha, em redes sociais, para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos.

No perfil on-line, a menina mostrava sua antiga rotina na UTI, como no vídeo abaixo:

 

No hospital, antes do transplante, ela escreveu bilhetes, colocados em um mural, sobre os sonhos que pretendia realizar depois do transplante. Além de usar moletom, Lavínia anotou que pretendia ir a um parque de trampolins, andar de patins, jogar vôlei, correr para valer, andar muito, ir para Mongaguá (litoral paulista) e correr na praia, nadar igual a um peixinho, brincar na casa das amigas, ir a uma montanha-russa da Disney, viver a vida e ser muito feliz.

Pouco a pouco, os sonhos de Lavínia já começam a se tornar realidade.

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