“Como militar no PSDB hoje?”, diz Aloysio após ser chamado de ex-militante

Aloysio Nunes foi chamado de "ex-militante" em nota da executiva nacional do PSDB após ter criticado partido em entrevista

atualizado 05/07/2023 21:20

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São Paulo – Chamado de ex-militante por uma nota da comissão executiva nacional do PSDB, publicada nesta quarta-feira (5/7), o ex-ministro tucano Aloysio Nunes disse que o partido deveria focar em “legitimar a executiva” e questionou o papel desempenhado pela sigla no cenário nacional.

“Militar como no PSDB? Como é possível militar no PSDB hoje?”, disse ele ao Metrópoles após ler a nota do partido, que não foi assinada por nenhum membro específico da comissão.

“Agradecemos ao ex-ministro, ex-senador e ex-militante do PSDB Aloysio Nunes Ferreira pelas contribuições em relação ao partido. Vamos levar em conta suas opiniões no processo de reconstrução no qual estamos empenhados em conjunto com nossos militantes e dirigentes, pessoas que acreditam na construção de um centro democrático, que querem uma alternativa real e programática aos campos que passaram a dominar a cena política do Brasil nos últimos anos”, diz nota enviada pela executiva nacional tucana.

O texto foi veiculado após a publicação de uma entrevista de Aloysio ao Estadão, nesta quarta, na qual o ex-chanceler disse que o partido tem feito a “leitura errada” do quadro político. “O PSDB, hoje, não é confiável nem para oposição. Ou seja: não é nada”, disse ele.

Ao Metrópoles, tanto Aloysio quanto a sigla confirmaram que o ex-ministro continua filiado ao partido. “Sou filiado ao PSDB, membro do diretório estadual do PSDB em São Paulo e continuo militando. Militando, inclusive, para que o PSDB deixe de ser um partido ex-social-democrata e volte às suas origens”, disse à reportagem.

“Qual a ideia que o PSDB propõe ao Brasil hoje, além dessa bobagem de terceira via?”, acrescentou o tucano.

Aloysio critica disputas internas

Aloysio disse não ter nada contra o presidente da sigla, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, embora tenha alfinetado o fato de a presidência do partido ainda ser provisória.

“Ao invés de ficar brigando para filiar um e desfiliar outro, ficar me chateando, ele [Eduardo Leite] deveria assumir a responsabilidade de reunir uma convenção partidária que pudesse legitimar a executiva junto às bases e promover uma discussão real sobre os problemas do Brasil com todas as instâncias partidárias”, declarou.

Leite vem sofrendo resistência de uma ala tucana, ligada ao ex-governador paulista João Doria (sem partido), desde fevereiro, quando assumiu a presidência interina após Bruno Araújo antecipar o fim do seu mandato.

Desde então, o partido tem sido comandado por meio de uma comissão executiva provisória que não foi registrada em cartório – contrariando norma obrigatória aos partidos políticos. Leite seguirá na liderança provisória até novembro, quando ocorre a convenção nacional dos tucanos e na qual o gaúcho poderá efetivamente ser eleito.

Um dos principais opositores do governador gaúcho é o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, que protocolou uma ação na Justiça para anular a presidência interina de Leite.

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