São Paulo — Após dizer que sempre seria “leal” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante evento no domingo (9/7), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esperava gestos púbicos do clã Bolsonaro para colocar fim à crise exposta na reunião com a bancada do PL, na última quinta-feira (6/7), na qual ele foi hostilizado por bolsonaristas.
Os gestos vieram em postagens elogiosas a Tarcísio feitas por Bolsonaro e dois de seus filhos no fim de semana, após a declaração do governador feita na manhã de domingo, em evento para celebrar a Revolução de 1932 no obelisco próximo ao Parque Ibirapuera, na zona sul da capital.
Bolsonaro postou no Instagram uma foto com Tarcísio e recortes de uma reportagem sobre a construção de cinco pontes sobre uma rodovia no Rio Grande do Sul quando eles eram presidente e ministro da Infraestrutura, respectivamente.
Na mesma rede social, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi mais direto: “Tarcísio sempre foi sensacional! Demonstro minha admiração a ele. Que cada dia desenvolva mais o jogo político diante de tantas raposas! Um forte abraço, governador”, escreveu.
Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi ainda mais enfático: “Atacar Tarcísio, além de não ser inteligente, é uma grande injustiça. Foi um ministro competente, trabalhador e aceitou a missão de ser candidato a governador de SP por lealdade a Jair Bolsonaro”, escreveu o filho mais velho do ex-presidente, em seu feed do Instagram.
A paz entre Tarcísio e Bolsonaro foi selada ainda na tarde de sexta-feira, depois que os dois se encontraram em Brasília. O ex-presidente avaliou ter havido exagero nos ataques ao governador após Tarcísio, a contragosto de Bolsonaro, ter feito acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a aprovação da reforma tributária.
O armistício, porém, carecia de demonstrações do fim da animosidade para o eleitor bolsonarista, público que Tarcísio não quer perder.
Nesta segunda-feira (10/7), Tarcísio teve duas agendas públicas em São Paulo, uma cerimônia de entrega de helicópteros para a Polícia Militar e o lançamento do Provão Paulista, avaliação escolar da Secretaria de Estado da Educação, mas evitou falar com jornalistas nas duas ocasiões.
