Tarcísio absorve a pancada e busca reconciliação com Bolsonaro

Tarcísio tenta manter aliança com Bolsonaro, seu padrinho político, após rodada de hostilidades; os dois já se falaram por telefone nesta 6ª

atualizado 07/07/2023 16:52

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Allan Santos/ PR

São Paulo – Depois da sessão pública de hostilidades de que foi alvo na quinta-feira (6/7) ao desagradar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve esperar a poeira baixar para buscar uma reaproximação com seu padrinho político, inelegível até 2030.

Tarcísio ficou em Brasília nesta sexta-feira (7/7) e fez chegar à sua equipe em São Paulo a ordem para enterrar qualquer conversa que o projete como um eventual líder de uma “nova direita” que atue na política sem a participação do ex-presidente.

Um dos auxiliares do governador afirmou que Tarcísio e Bolsonaro já se falaram por telefone nesta sexta, em um primeiro gesto para contornar a situação.

O grupo do governador avaliou gestos de Bolsonaro como indícios de que a aliança pode ser preservada. Na quinta, na reunião do PL, o deputado federal Ricardo Salles havia feito um discurso classificado como “muito duro” contra Tarcísio, em que questionou sua lealdade a Bolsonaro e o acusou de “fazer média” com a esquerda.

Bolsonaro repreendeu Salles após o discurso e pediu que seu ex-ministro do Meio Ambiente fosse mais comedido nas críticas a Tarcísio. Foi a segunda vez que o ex-presidente defendeu Tarcísio para Salles.

Bolsonaristas interpretaram a atitude como uma forma de o ex-presidente manter o investimento feito em Tarcísio. Na visão de pessoas próximas a Bolsonaro, a condição de inelegível não permite que ele se dê ao luxo de dispensar aliados que estão em alta e que podem oferecer um bom palanque para candidatos bolsonaristas nos próximos anos.

Embora tenha o controle do estado mais rico do país e venha sendo bem avaliado, Tarcísio também não tem a intenção de deixar de ser identificado com o bolsonarismo e espera contar com o ex-presidente para lidar com os deputados estaduais bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro durante reunião do PL em Brasília para discutir reforma tributária

Tarcísio, Bolsonaro e a Alesp

Desde o início do ano, os parlamentares têm manifestado insatisfação com a falta de cargos no governo e com a pouca atenção que vêm recebendo de Tarcísio.

O governador tem projetos importantes que precisa aprovar na Alesp no segundo semestre, como a reforma administrativa e a possibilidade de reduzir gastos da Educação para aumentar os da Saúde. Para isso, precisa da base governista unida e disposta a dialogar com partidos independentes, mas que votam com o governo – como o caso da federação PSDB-Cidadania.

Além disso, o governador também precisa que os deputados bolsonaristas, que compõem a bancada do PL, a maior da Casa, atuem para evitar que pautas importantes sejam travadas, como no episódio em que parlamentares do União Brasil obstruíram uma votação em meio a cobranças por cargos e emendas.

Os deputados bolsonaristas vinham sendo acalmados pelo clã Bolsonaro, mas a postura do ex-presidente na reunião do PL na quinta-feira levou muitos a se manifestarem publicamente contra o governador.

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