São Paulo – Uma denúncia de estupro dentro do Hub de Cuidados com Crack e Outras Drogas, na região da Cracolândia, centro de São Paulo, está sendo investigada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do Bom Retiro e pela Secretaria de Estado da Saúde. A vítima é uma adolescente de 15 anos.
De acordo com o relato de vítima à polícia, o crime teria acontecido no dia 18. Ela tinha ido ao hub para passar a noite e suspeitou do crime quando acordou e sentiu dores nas partes íntimas.
A jovem contou que costuma dormir na rua e que faz tratamento para dependência química. Após o crime, ela foi até a delegacia registrar a ocorrência.
Em nota conjunta, a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informaram que a DDM analisa as imagens de câmeras de segurança do hub e que exames periciais foram solicitados.
De acordo com a nota, assim que a paciente fez a denúncia foi prontamente atendida e encaminhada à delegacia. “Uma sindicância administrativa foi instaurada para apurar as circunstâncias relativas aos fatos e a direção da unidade colabora com as autoridades”, diz a nota.
A jovem segue em tratamento de dependência química em uma unidade da rede de acolhimento no interior do estado.
Antigo Cratod
O hub, antes chamado Centro de Referência de Álcool e Outras Drogas (Cratod), foi reinaugurado em abril. O local funciona 24 horas e faz o encaminhamento de usuários de drogas para avaliação médica, participação em grupos de ajuda mútua, acolhimento em comunidades terapêuticas e internações hospitalares.
De acordo com o governo, o hub foi desenhado para receber o paciente voluntário e também aqueles trazidos por busca ativa nas ruas da capital. No local, há 40 leitos sociais e outros 20 para internação clínica.
Segundo a nota conjunta, o hub é um serviço “porta aberta”, ou seja, recebe e atende todos os pacientes que procuram o local. De acordo com a avaliação médica, os pacientes são separados por grau de complexidade de atendimento, assim como ocorre em outras unidades de saúde.
Atualmente, os governos estimam que entre mil e 1,5 mil usuários de droga fiquem concentrados nas chamadas “cenas abertas de uso”, espalhadas por diferentes regiões da cidade.