Powell diz que inflação está longe da meta: “Vamos agir com cuidado”

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, alertou para a resiliência da inflação nos EUA e abriu caminho para novas altas de juros

atualizado 20/09/2023 16:26

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Imagem de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Ele veste um terno azul escuro, camisa branca, gravata roxa e tem cabelos grisalhos e óculos. Ao fundo, duas bandeiras dos Estados Unidos - Metrópoles Chip Somodevilla/Getty Images

Em pronunciamento pouco depois do anúncio da manutenção da taxa básica de juros nos Estados Unidos no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano, o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, voltou a afirmar que a inflação ainda não está controlada no país e que a autoridade monetária precisa agir “com cuidado”.

Apesar de não ter elevado os juros, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) optou por manter a taxa no nível mais alto em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.

A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.

Dados divulgados na semana passada pelo Departamento do Trabalho do governo americano mostram que a inflação no país foi de 3,7% em agosto, na comparação anual, ante 3,2% do mês anterior. O resultado veio acima das estimativas do mercado. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano.

“Temos a capacidade de ser cuidadosos neste momento. Vamos agir com cuidado”, afirmou Powell.

O presidente do Fed disse ainda que o “objetivo principal é um pouso suave” na economia americana. Um “pouso suave” é uma desaceleração cíclica no crescimento capaz de evitar uma recessão. A expressão se tornou popular em Wall Street durante o mandato de Alan Greenspan à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nos anos 1990.

“O fato de que mantivemos os juros no atual patamar não significa que alcançamos a estabilidade de política monetária que estamos buscando”, disse Powell, que chamou atenção para a resiliência da inflação nos EUA.

“Se os preços de energia subirem e se mantiverem em alta, isso vai afetar o consumo e, consequentemente, as expectativas de inflação”, afirmou.

“Patamar restritivo” será mantido

Ainda de acordo com o presidente do Fed, as decisões da autoridade monetária serão tomadas “reunião a reunião” e, se necessário, novas altas de juros vão ocorrer.

“Vamos manter um patamar restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está caminhando em direção à meta de 2%”, concluiu.

As projeções do Fed que acompanham a decisão desta quarta mostram que os diretores do Fomc projetam a taxa de juros entre 5,5% e 5,75% até o final de 2023, o que indica um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em novembro.

Para 2024, a estimativa subiu de 4,6% para 5,1% e, para 2025, de 3,4% para 3,9%.

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